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15 de novembro de 2011

Mais uma de Lupi. Falta só Dilma demiti-lo

Lupi desce do avião e diz que nele não viajou
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, concedeu registro a sete sindicatos patronais no Amapá para representar setores da indústria que, segundo o próprio governo local, não existem no Estado, informa reportagem publicada na 'Folha de São Paulo'de hoje, informando ainda que os certificados saíram a pedido do deputado Bala Rocha (PDT-AP), dirigente do partido de Lupi, que afirma ter se utilizado da condição de militante do partido do ministro, o PDT. A reportagem também deixa claro que as certidões foram dadas pelo ministério em abril e agosto de 2009 com a assinatura de Carlos Lupi, tendo a inscrição "certifico e dou fé", além da assinatura do então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros. O ministério diz que não atendeu a interesses políticos para conceder o registro aos sete sindicatos do Amapá e que seguiu os "procedimentos previstos nos normativos legais que tratam da matéria";

No caso do ministro do Trabalho, um fato vem chamando a atenção dos observadores políticos, que é a demora da presidente Dilma Rousseff  tomar alguma iniciativa de convencer Carlos Lupi a 'pedir para sair', ao lado da variedade de declarações se defendendo das denúncias, algumas delas consideradas por muitos como desrespeitosas à Chefe da Nação, que depois de desculpas da parte dele foram até transformadas em 'declaração de amor', para a maioria considerada com autêntico deboche. Os ministros que já caíram - Alfredo Nascimento (PR), dos Transportes; Wagner Rossi (PMDB), da Agricultura; Pedro Novais (PMDB), do Turismo; e Orlando Silva (PCdoB), do Esporte - espernearam bastante antes de 'pedirem para sair', mas os fatos anunciados após as denúncias não serviram de sustentação aos mesmos. Houve até alguns que foram incentivados por Lula, que os havia indicado, para que lutassem para se manter nos cargos e que tivessem 'casco duro' para resistir às acusações. Não deu para eles e acabaram deixando os ministérios;

O que está deixando muita gente desconfiada é com aquela declaração de Lupi que a presidente Dilma não o demitiria, nem numa provável reforma ministerial. Por qual razão ele foi tão enfático. Já que ela era a grande 'gerente' do Governo, como Lula sempre dizia, especialmente durante a campanha eleitoral do ano passado, é muito provável que soubesse de muita coisa que possa envolver o ex-presidente. Quem sabe? Essa última denúncia é muito séria. O ministério foi avisado por ofício pela Federação das Indústrias do Estado do Amapá, em fevereiro de 2009, de que esses sindicatos não tinham representação. Como resposta, a pasta alegou que "não cabe ao ministério apurar se os integrantes da entidade possuem indústria no ramo ao qual pretendem representar" e que apenas sindicatos poderiam fazer esses questionamentos. Como assim? Está na hora da presidente Dilma dar uma satisfação a opinião pública, que só espera uma atitude dela, que é a imediata demissão do ministro falastrão;

Hoje, outra notícia deixa Carlos Lupi em maus lençois, que é a comprovação de que viajou em avião no qual não deveria ter entrado, pois havia conflito de interesses entre o Ministério do Trabalho e quem patrocinou suas viagens, com o agravante de que ele havia desmentido que tivesse feito tal viagem e que sequer soubesse de quem se tratava. O patrocinador questionou a memória do ministro a a foto em ele aparece descendo as escadas do avião comprometedor, numa demonstração de que Lupi mentiu durante depoimento feito diante de parlamentares, numa comissão legislativa. Isso não foi muito bom e certamente ele está na corda bamba, a não ser que Dilma Rousseff esteja de 'rabo preso' e nada possa fazer para ficar livre do inconveniente ministro que herdou de Lula.

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