Lupi desce do avião e diz que nele não viajou |
O ministro do
Trabalho, Carlos Lupi, concedeu registro a sete sindicatos patronais no Amapá
para representar setores da indústria que, segundo o próprio governo local, não
existem no Estado, informa reportagem publicada na 'Folha
de São Paulo'de hoje, informando ainda que os certificados saíram a
pedido do deputado Bala Rocha (PDT-AP), dirigente do partido de Lupi, que
afirma ter se utilizado da condição de militante do partido do ministro, o PDT.
A reportagem também deixa claro que as certidões foram dadas pelo ministério em
abril e agosto de 2009 com a assinatura de Carlos Lupi, tendo a inscrição "certifico
e dou fé", além da assinatura do então secretário de Relações do Trabalho,
Luiz Antonio de Medeiros. O ministério diz que não atendeu a interesses
políticos para conceder o registro aos sete sindicatos do Amapá e que seguiu os
"procedimentos previstos nos normativos legais que tratam da
matéria";
No caso do
ministro do Trabalho, um fato vem chamando a atenção dos observadores
políticos, que é a demora da presidente Dilma Rousseff tomar alguma iniciativa
de convencer Carlos Lupi a 'pedir para sair', ao lado da variedade de
declarações se defendendo das denúncias, algumas delas consideradas por muitos
como desrespeitosas à Chefe da Nação, que depois de desculpas da parte dele
foram até transformadas em 'declaração de amor', para a maioria considerada com
autêntico deboche. Os ministros que já caíram - Alfredo Nascimento (PR), dos
Transportes; Wagner Rossi (PMDB), da Agricultura; Pedro Novais (PMDB), do
Turismo; e Orlando Silva (PCdoB), do Esporte - espernearam bastante antes de
'pedirem para sair', mas os fatos anunciados após as denúncias não serviram de
sustentação aos mesmos. Houve até alguns que foram incentivados por Lula, que
os havia indicado, para que lutassem para se manter nos cargos e que tivessem
'casco duro' para resistir às acusações. Não deu para eles e acabaram deixando
os ministérios;
O que está
deixando muita gente desconfiada é com aquela declaração de Lupi que a
presidente Dilma não o demitiria, nem numa provável reforma ministerial. Por
qual razão ele foi tão enfático. Já que ela era a grande 'gerente' do Governo,
como Lula sempre dizia, especialmente durante a campanha eleitoral do ano
passado, é muito provável que soubesse de muita coisa que possa envolver o
ex-presidente. Quem sabe? Essa última denúncia é muito séria. O ministério foi
avisado por ofício pela Federação das Indústrias do Estado do Amapá, em
fevereiro de 2009, de que esses sindicatos não tinham representação. Como
resposta, a pasta alegou que "não cabe ao ministério apurar se os
integrantes da entidade possuem indústria no ramo ao qual pretendem
representar" e que apenas sindicatos poderiam fazer esses questionamentos.
Como assim? Está na hora da presidente Dilma dar uma satisfação a opinião
pública, que só espera uma atitude dela, que é a imediata demissão do ministro
falastrão;
Hoje, outra
notícia deixa Carlos Lupi em maus lençois, que é a comprovação de que viajou em
avião no qual não deveria ter entrado, pois havia conflito de interesses entre
o Ministério do Trabalho e quem patrocinou suas viagens, com o agravante de que
ele havia desmentido que tivesse feito tal viagem e que sequer soubesse de quem
se tratava. O patrocinador questionou a memória do ministro a a foto em ele
aparece descendo as escadas do avião comprometedor, numa demonstração de que
Lupi mentiu durante depoimento feito diante de parlamentares, numa comissão
legislativa. Isso não foi muito bom e certamente ele está na corda bamba, a não
ser que Dilma Rousseff esteja de 'rabo preso' e nada possa fazer para ficar
livre do inconveniente ministro que herdou de Lula.
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