De vez em quando o Senado Federal demonstra ser uma casa legislativa inútil, desnecessária e até mesmo nociva aos interesses do País. Há pouco tempo tivemos o episódio das horas extras pagas aos servidores em pleno recesso, quando o Senado trabalha menos do que o pouco que já trabalha normalmente. Como o fato chegou ao conhecimento da mídia, outras falcatruas vieram à tona, como a farra das passagens aéreas, promovendo alegres voos para parentes a amigos dos parlamentares, bem como os famosos atos secretos com nomeação de parentes e correligionários para viverem às custas dos cofres públicos;
Agora, os ilustres senadores resolveram trabalhar até de madrugada, mas com interesses não muito sadios. Quebrando acordos, aprovaram na calada da noite emenda do senador Pedro Simon (PMDB-RS) na discussão do pré-sal que trará prejuízos ao Estado do Rio de Janeiro da ordem R$ 7 bilhões. O Pedro Simon era tido como uma das poucos reservas morais do Senado. Sua emenda é puramente eleitoreira. O Senado também andou votando às escondidas aumento para o seu funcionalismo, elevando em grande valor sua despesa com pessoal, numa decisão que a maioria dos senadores não teve conhecimento;
Com a vigência da Lei da Ficha Limpa, é certo que alguns senadores não vão poder concorrer à reeleção em 3 de outubro. Da mesma forma, alguns dos atuais pretendentes a uma das vagas em disputa também estarão impedidos de buscar votos junto aos eleitores dos seus estados. Os eleitores de cada estado terão oportunidade de escolherem melhor os seus representantes naquela Casa cuja existência para não mais se justificar. Já é hora de se buscar a feitura de mais um projeto de iniciativa popular para se repensar a existência daquela "Casa de Mãe Joana".
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