Quando pessoas de Pernambuco e Alagoas vivem momentos de tristeza pelas perdas provocadas pelas arrasadoras enchentes ocorridas há poucos dias, vemos mais uma vez políticos procurando tirar proveito da situação, coincidentemente em ano de eleições. É por sabido, por exemplo, que o presidente Lula não tem por costume aparecer de imediato em locais onde tenham ocorrido tragédias. Em Santa Catarina, por exemplo, ele só apareceu por lá depois de muita cobrança pelo seu alheiamento ao fato. Agora, Lula, uma semana depois, já andou pelo Nordeste prometendo a liberação de grande volume de recursos para obras de recuperação das áreas atingidas;
Aproveitando-se também da tragédia, a candidata do PT também "tirou casquinha" do evento e fez críticas a governos anteriores, culpando-os pela falta de medidas preventivas nos últimos 20 anos. Estava clara sua intenção de incriminar principalmente o período de governo de FHC. No entanto, Dilma Rousseff errou na dose, pois ao se referir aos 'últimos 20 anos' esqueceu-se de que no período estão incluídos os sete anos e meio do governo do qual fez parte e que pretende dar continuidade caso seja eleita, além dos seus aliados Sarney e Collor. E é o que aconteceu. Da mesma forma que seus antecessores, até as últimas chuvas arrasadoras nenhuma obra de prevenção contra as enchentes foi realizada na região, que já havia sido violentamente castigada, em menor escala, em 2000;
Esta semana vimos então Lula sobrevoando áreas afetadas pela chuvas e, pior ainda, desfilando em carro aberto em Palmares (PE), tendo ao seu lado o governador do Estado, Eduardo Campos (PMDB), seu aliado e apoiador da candidata oficial do Palácio do Planalto, tudo isso para anunciar que estava disponibilizando recursos da ordem de R$ 500 milhões para serem divididos entre os dois estados afetados pelas chuvas. Para Santa Catarina também foram postos à disposição alguns milhões de reais, mas que cerca de um ano depois ainda não haviam sido totalmente liberados, com muita gente ainda sofrendo as consequências das enchentes ali ocorridas;
Assim os tristes fatos vão ocorrendo sem que nenhuma medida seja tomada para evitá-los. Parece que para os governantes é melhor assim, pois se resolverem os problemas não terão mais oportunidade para aparecerem como slavadores da pátria. Preferem que ocorram tragédias, ainda mais se elas acontecerem em ano de eleições, como agora. Já é hora do povo acordar e se mobilizar para dar um basta nos pol´ticos que agem dessa forma. Para isso há um remédio: bani-los da vida pública e elegendo outros que tenham compromisso em servir às população e não servirem-se dela.
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