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20 de outubro de 2009

Segurança do Rio é uma questão de todos

Com o título "Questão de todos", Miriam Leitão aborda com bastante propriedade o episódio que terminou com a derrubada de um helicóptero da Polícia Militar que participava de uma operação contra traficantes de drogas no Morro dos Macacos, no bairro Vila Isabel. Para Miriam, o fato "não é apenas mais um episódio da guerra do tráfico de drogas no Rio. É um agravamento, uma mudança de escala". O comentário dela vale a pena ser lido na íntegra;

A colunista de "O Globo" discorda do Secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, que justificou o ato dos bandidos como sendo desespero pelas ações das polícias no combate às drogas. Miriam Leitão foi enfática afirmando que não é como Beltrame pensa: "É uma demonstração de força. O Rio ser uma cidade olímpica dá mais destaque à notícia, mas o crime tem que ser combatido por nós". E diz mais: "Não é pela Olimpíada que o Rio tem que encontrar caminhos de solução do seu problema - violência ligada ao tráfico de drogas -, mas porque essa é a única forma de salvar a cidade";

Para comprovar que está faltando ação do Poder Público, há muitos anos, no combate à violência, Miriam relata uma visita que fez ao Complexo do Alemão, outra área violenta do Rio: "O PAC estava lá, com suas obras. Era fácil até ouvir o martelar da construção. Mas não havia Estado. Havia obras, mas não a presença do Estado". Para comprovar sua declaração, a jornalista relata algo muito grave: "Vi na rua central da Grota jovens armados de fuzis, à luz do dia. subi numa daqueles ruelas sinuosa até a laje onde faria a gravação (...)vi uma mesa de venda de cocaína, com inúmeras sacolinhas de pó. Em outra mesa, o dinheiro exposto";

Enfim, Miriam Leitão mostra claramente que cabe ao Governo Federal dar sua contribuição no combate ao tráfico de drogas e consequentemente à violência, mas não é oferecendo tropa da Força Nacional ou com medidas paliativas de emergência, mas sim destinando verbas para a área de segurança, muito mais do que os 0,6% do Orçamento da União que são gastos atualmente, segundo informa o Anuário do Fórum Brasileira de Segurança Pública. Como bem diz Miriam: "Quase nada".

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