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7 de julho de 2009

Gente esquecida

"Parece existir uma pandemia de esquecimento no país. Lula esqueceu que mora em Brasília. Edmar esqueceu que tinha um castelo. Agaciel esqueceu de publicar os atos do Senado. Sarney - que já tinha esquecido de conferir seus extratos bancários - esqueceu que tinha uma mansão em Brasília e agora Dilma e Amorim esqueceram que não tinham terminado o doutorado. O brasileiro realmente tem memória curta. Sobretudo o eleitor."


Este texto é de uma leitora de “O Globo”, Regina Passarelli, do Rio de Janeiro, publicada na seção de cartas dos leitores na edição de hoje daquele jornal. Temos que reconhecer que ela retratou muito bem como anda a memória de nossos políticos, mas retrata também nossa mente curta, pois na condição de eleitor é que somos responsáveis por manter tais figuras nos cargos que ocupam;


Primeiramente, elegemos nossos representantes, muitas vezes sem termos garantia de eles têm condições para o exercício do cargo. Depois, não cobramos deles o que fazem nos cargos que ocupam. Quando aparecem participando de tramoias, maracutaias ou falcatruas, na maioria das vezes deixamos pra lá e até acabamos por votar neles novamente;


Lembramos que um dia, no auge do seu reinado, o rei Pelé afirmou que o brasileiro não sabia votar. Não fosse ele o maior jogador do mundo teria sido apedrejado em praça pública. Afinal, jogador de futebol era para ser um alienado sem se meter na política do país;


Passadas algumas décadas, vemos que a frase de Pelé continua totalmente atual. Grande número de eleitores em todo o Brasil no ano seguinte à eleição não lembra mais em quem votou. Continua mesmo não sabendo votar. Por causa disso, estão aí dando as cartas nas decisões figuras como José Sarney, Renan Calheiros, Collor e outros;


Por tais razões, a carta de Regina Passarelli mandada para o jornal carioca tem a dimensão de um alerta. No ano que vem teremos uma grande chance para reavivar a memória dessa gente, principalmente a do eleitor brasileiro.

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