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2 de julho de 2013

Pode vir aí o 'distritão' que acabará com os eleitos sem votos

  • Pelo menos uma proposta coerente apareceu na discussão sobre um tema que ninguém reivindicou nas manifestações que vêm acontecendo em todo o Brasil, ou seja, a reforma política. O vice-presidente da República, Michel Temer, do PMDB, está defendendo o fim do voto proporcional para deputados federais e estaduais e também para vereadores. Ele propõe a adoção do chamado ‘distritão’, pelo qual serão eleitos os mais votados, sem Quociente Eleitoral, ou Quociente Partidário, e mais complicados cálculos para a distribuição das sobras, algo que pouca gente como são feitos, mesmo dirigentes partidário;
  • Já existe no Congresso um projeto propondo a adoção do ‘distritão’, mas como o mesmo não interessa a uma grossa maioria que se elege às custas dos votos de puxadores de votos e beneficiados por coligações, anda esquecido em alguma gaveta numa das duas Casas Legislativas. Michel Temer disse hoje que o sistema proporcional em vigor contraria o mandamento constitucional afirmando que todo poder emana do povo. “O povo simplesmente não entende isso”, afirmou o vice-presidente;
  • O sistema proporcional já provocou absurdos, como quando o falecido Enéas Carneiro obteve mais de 1 milhão de votos e por causa disso seu partido teve direito a mais cinco vagas, dando direito a um candidato com menos de 300 votos tomar posse como legitimamente eleito. Na última eleição, foi a vez do então palhaço Tiririca levar com ele para a Câmara dos Deputados alguns candidatos com inexpressiva votação. No Rio de Janeiro há o caso de Jean Wyllys, que com apenas 13 mil votos se arvora – com direito legal, é bom que se diga – a representante dos homossexuais, algo irreal, pois sua votação é por demais insignificante para um segmento que leva às ruas nas paradas gay mais de 1 milhão de adeptos;
  • Com a adoção do ‘distritão’ o excesso de parlamentares assumindo ministérios e secretarias estaduais e municipais vai ser mais controlado, porque na abertura de alguma vaga, o suplente imediato e o mais votado e não eleito, sem que seja do partido do nomeado. Algumas outras propostas estão surgindo, sendo bastante interessante aquela que estabelece mandatos de cinco anos, numa única eleição para todos os cargos eletivos, algo que fará diminuir em muito os gastos com as eleições. Diante do peso de Michel Temer, por ser do maior partido do País, é de se esperar com sua proposta seja levada em consideração pela maioria.

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