Pode vir aí o 'distritão' que acabará com os eleitos sem votos
- Pelo
menos uma proposta coerente apareceu na discussão sobre um tema que ninguém
reivindicou nas manifestações que vêm acontecendo em todo o Brasil, ou seja, a
reforma política. O vice-presidente da República, Michel Temer, do PMDB, está
defendendo o fim do voto proporcional para deputados federais e estaduais e
também para vereadores. Ele propõe a adoção do chamado ‘distritão’, pelo qual
serão eleitos os mais votados, sem Quociente Eleitoral, ou Quociente
Partidário, e mais complicados cálculos para a distribuição das sobras, algo
que pouca gente como são feitos, mesmo dirigentes partidário;
- Já
existe no Congresso um projeto propondo a adoção do ‘distritão’, mas como o
mesmo não interessa a uma grossa maioria que se elege às custas dos votos de
puxadores de votos e beneficiados por coligações, anda esquecido em alguma
gaveta numa das duas Casas Legislativas. Michel Temer disse hoje que o sistema
proporcional em vigor contraria o mandamento constitucional afirmando que todo
poder emana do povo. “O
povo simplesmente não entende isso”, afirmou o vice-presidente;
- O
sistema proporcional já provocou absurdos, como quando o falecido Enéas
Carneiro obteve mais de 1 milhão de votos e por causa disso seu partido teve
direito a mais cinco vagas, dando direito a um candidato com menos de 300 votos
tomar posse como legitimamente eleito. Na última eleição, foi a vez do então
palhaço Tiririca levar com ele para a Câmara dos Deputados alguns candidatos
com inexpressiva votação. No Rio de Janeiro há o caso de Jean Wyllys, que com
apenas 13 mil votos se arvora – com direito legal, é bom que se diga – a
representante dos homossexuais, algo irreal, pois sua votação é por demais
insignificante para um segmento que leva às ruas nas paradas gay mais de 1
milhão de adeptos;
- Com
a adoção do ‘distritão’ o excesso de parlamentares assumindo ministérios e
secretarias estaduais e municipais vai ser mais controlado, porque na abertura
de alguma vaga, o suplente imediato e o mais votado e não eleito, sem que seja
do partido do nomeado. Algumas outras propostas estão surgindo, sendo bastante
interessante aquela que estabelece mandatos de cinco anos, numa única eleição
para todos os cargos eletivos, algo que fará diminuir em muito os gastos com as
eleições. Diante do peso de Michel Temer, por ser do maior partido do País, é
de se esperar com sua proposta seja levada em consideração pela maioria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não saia do Blog sem deixar seu comentário