O conceito dos políticos anda muito baixo |
- Começa a se configurar que a CPMI que vai investigar as ligações do 'empresário da contravenção' Carlinhos Cachoeira não mesmo para ser levada a sério. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, já disse que ela servirá para demonstrar que o Mensalão do PT é uma farsa, assunto já amplamente debatido. Agora aparece mia uma demonstração da seriedade da CPMI. O líder da bancada do PTB, senador Gim Argello (DF), já definiu o senador Fernando Collor (AL) como um dos dois representantes do partido na CPMI do Cachoeira. Da pate do PMDB já vem também uma 'excelente' colaboração, que a indicação do senador Renan Calheiros (AL), como um dos integrantes da CPMI. Para comprova a 'seriedade' dessa duas indicações, é bom lembrar que ambos foram investigados em CPIs anteriores. A história de Collor todos ainda se lembram e Renan esteve envolvido com a utilização de recursos públicos paraa pagar despesas de uma amante sua;
- A formação da CPMI também está servindo para resolver problemas internos de partidos. A prova é que o nome preferido de todos os líderes da 'base aliada' para assumir a função de relator da CPMI do Cachoeira é o do deputado Candido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo na Câmara. Os colegas o consideram injustiçado no episódio em que a presidente Dilma Rousseff trocou os líderes do Governo na Câmara e no Senado. Os aliados do Governo acham que Vaccarezza só não será o relator se não quiser. Um sinal de que ele poderá aceitar a relatoria é que ele visitará Lula segunda-feira, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, o novo 'escritório político' de Lula, quando certamente conversarão sobre sua indicação para a relatoria da CPMI;
- A presidente Dilma se reuniu nesta sexta-feira com o ex-presidente Lula, num encontro que durou quase três horas, na sede do Banco do Brasil (BB), na Avenida Paulista, onde fica o escritório da Presidência da República em São Paulo. O que conversaram não foi divulgado, mas há rumores dando conta de que eles conversaram sobre as negociações de Dilma com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mas é certo que a formação da CPMI do Cachoeira esteve no centro das conversas. Dilma não queria a CPMI, ao contrário de Lula, que estimulou a sua formação durante a ausência de Dilma, que estava no exterior. A amplitude das investigações poderão atingir gente da 'base aliadaa' e em especial do próprio PT, como é o caso do governado de Brasília, Agnelo Queiroz, que já está sendo deixando 'segurando a broxa', enquanto lhe retiram a escada de sustentação política. As cerca de 70 gravações estão provocando seu abandono por parte da cúpula de seu partido;
- Outra preocupação do Governo está nas suspeitas de negócios escusos praticados com a interferência da empresa Delta, responsável por mais de R$ 4 bilhões das obras do PAC. Alguns 'malfeitos' podem surgir durante o funcionamento da CPMI, o que não seria nada bom num ano eleitoral, no qual o PT pretende eleger uma vasta maioria de prefeitos e vereadores, reforçando-se para as eleições de 2014. O governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), também teme que a CPMI possa provocar danos à sua imagem, tendo em vista sua amizade com o dono da Delta, Fernando Cavendish, mesmo não constando doação da empreiteira à sua campanha para governador, sobrando apenas aquela sua viagem em aeronave do empresário e principalmente em relação à morte da namorada um filho de Cabral. Por sua vez, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), acertou com parlamentares tucanos que o partido vai focar o escândalo do mensalão, pois quer evitar que CPMI de Cachoeira desvie as atenções do julgamento de José Dirceu & Cia. entre outras coisas por formação de quadrilha;
- Portanto, tudo indica que o tempo político vai esquentar nos próximos dias. Os governistas têm maioria e sempre que necessário utilizarão seu 'rolo compressor', mas os oposicionistas vão aproveitar os holofotes para não deixar os fatos que compliquem a vida do Governo e do PT passem em branco. As reuniões da CPMI certamente darão muita audiência e serão assunto no dia a dia das discussões políticas.
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