- Algo indica que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) vai ser punido com bastante rapidez pelas suas relações nada republicanas com o 'empresário da jogatina' Carlinhos Cachoeira. Nada mais justo, principalmente por tratar-se de quem ao longo dos anos passou para o distinto público a imagem de arauto da moralidade pública. O assunto está mais do que conhecido. Mas surge logo uma indagação: é somente ele? De imediato, em tempo recorde, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou pedido de quebra de sigilo bancário do senador. Mas, como ficam os casos recentes dos ministros Fernando Pimentel, Guido Mantega, Iideli Salvatti e do governador do Brasília, Agnelo Queiroz, por coincidência todos do PT. Será que serão 'empurrados com a barriga' até que seus nomes saiam da mídia? É bem provável. Pelo menos não se vê a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Conselho de Ética da Presidência - exceot em relação a Fernando Pimentel - ou mesmo a Procuradoria Geral da União (PGU) cobrando uma solução rápida para os 'malfeitos' ´tão amplamente divulgados;
- O próprio caso de Demóstenes Torres já começa a andar devagar, a partir da Comissão de Ética do Senado, atualmente sem presidente e que somente no dia 10 vai se definir quanto a quem vai dirigi-lo. Como o senador amigo de Cachoeira é de um partido da oposição (?), até que seu caso está andando rápido. Às vésperas do julgamento do Mensalão do PT pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já tem gente esfregando as mãos porque o assunto anda meio escondido na mídia, além do esforço do ministro Ricardo Lewandowski em retardá-lo, provocando a prescrição de alguns do crimes a serem julgados pelo Supremo. Vê-se que até quem foi denunciado no processo do Mensalão do PT como chefe de uma quadrilha, o famigerado José Dirceu, está em plena atividade partidária no comitê de campanha do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, o famoso ministro aloprado do Enem;
- O jeito que a coisa vai, não é impossível que Demóstenes Torres continue como senador até o final de seu mandato, e mesmo que não se reeleja, rejeitado pelo povo de Goiás, vai, na condição de ex-senador, continuar usufruindo de um bom plano de saúde vitalício, para si e seus familiares. Caso isso não aconteça, pelo menos terá a 'assistência' de Carlinhos Cachoeira, que, por gratidão, garantirá o pagamento de qualquer tipo de tratamento médico ou dentário de seu amigo de longa data. Mas, tudo pode acontecer, pois, afinal, o presidente do Senado é nada menos que José Sarney (PMDB-AP), que que Lula afirmou não ser uma pessoas comum, tendo ainda o Conselho de Ética integrantes do 'gabarito' de Jaime Campos (DEM–MT), vice-presidente do Conselho e que se declarou impedido de julgar um companheiro de partido, Acir Gurgacz (PDT-RO), Mário Couto (PSDB-PA), Valdir Raupp (PMDB-RO), Renan Calheiros (PMBD-AL) Romero Jucá (PMDB-RR), Wellington Dias (PT-PI) e Gim Argello (PTB-DF), todos respondendo ou já tendo sido condenados em alguns processos da Justiça, conforme esclarece o site Congresso em Foco;
- O site do jornal 'Estado de São Paulo', na seção 'Radar Político', acaba de informar o seguinte:
Advogado de Demóstenes diz que provas contra o senador foram obtidas ilegalmente
O advogado do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), Antônio Carlos de Almeida Castro, pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira, 9, a anulação das provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República contra o parlamentar. Demóstenes é acusado de participar de suposto esquema de exploração de jogos ilícitos comandado pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O advogado argumentou que houve uma “usurpação da competência do STF” que não autorizou a Polícia Federal e o Ministério Público a realizar qualquer investigação contra o seu cliente. Desta forma, a linha de defesa do senador, nesse episódio, terá como base o argumento de que as provas foram obtidas ilicitamente.
Castro disse que existe “um bando de ilegalidades” no processo, a começar pelo fato de o parlamentar ter imunidade e só poder ser investigado a partir de uma autorização do Supremo Tribunal Federal. O advogado ressaltou que os autos apresentados pela Procuradoria-Geral da República mostram que a Polícia Federal, na Operação Monte Carlo, registrou mais de 300 telefonemas entre Demóstenes e Carlinhos Cachoeira, o que deixa claro que “não foram encontros fortuitos”.
- Para quem acredita em Coelhinho da Páscoa, não é difícil acreditar também que saia desse Conselho de (falta de) Ética algum tipo de punição a Demóstenes Torres, ainda mais com a possível 'colaboração' da Justiça, caso acate os argumentos de seu advogado, o que não é impossível de acontecer.
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