Diretor da ANS debocha de decisão da Justiça

Originalmente, as agências reguladoras foram criadas para fiscalizar e regular as atividades de serviços públicos realizadas em regime de concessão, permissão ou autorização. Por isso causa espanto quando Rodrigo Aguiar, diretor Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), contesta uma decisão da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), declara que manterá a regra que fixa o limite de 40% para exames e consultas em planos de saúde de coparticipação e franquia, e também o reajuste de 10% para os contratos individuais. Em tom de deboche, o diretor disse que a ANS não é um órgão de defesa do consumidor. Só esta declaração já seria motivo para sua exoneração, além de uma ordem de prisão por desobediência a decisão judicial. Rodrigo Aguiar deixou bem claro que ele confessou ser na realidade um defensor dos interesses das empresas que administram planos de saúde. Isso é fruto de indicação política para cargos que deveriam ser ocupados por técnicos que ajam em benefício dos interesses do povo.