-

8 de julho de 2016

Polícia Federal prende achacador em ação cinematográfica

  • Está ficando difícil a vida dos praticantes de malfeitos. A Polícia Federal (PF) está se superando ao se utilizar de recursos eletrônicos modernos. Para prender um membro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), acusado de pedir uma propina de R$ 1 milhão e 500 mil a um advogado do Banco Itaú com o objetivo de eliminar uma dívida de R$ 25 bilhões do banco referente a sonegação de impostos, foram utilizados recursos como escuta ambiente, troca de mensagens no WatsApp e até um casal de policiais disfarçados disfaçados de namorados. O achacador, advogado Carlos de Figueiredo Neto, representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no Carf, que logo após a prisão deverá pedir seu afastamento;
  • A operação da PF teve lances dignos dos melhores filmes policiais. Carlos Figueiredo foi detido por volta das 21 horas numa cafeteria do Shopping Iguatemi, em Brasília, logo após fazer a proposta da propina de R$ 1 milhão e 500 mil, que seria dividida em dez parcelas de R$ 150 mil. O achacador tinha métodos sofisticados e práticos. O Itaú simularia um contrato de prestação de serviço com o escritório de advocacia criminal de um amigo antigo do conselheiro do Carf. Ele até deu uma de caridoso, dizendo que não tinha o costume de parcelar suas propinas, mas como se tratava de um caso especial seria generoso permitindo ao banco parcelar o pagamento. O mais interessante é que a PF colocou um aparelho de escuta ambiente escondida na ropa do advogado do Itaú, e no nomento em que ele simulou que iria entegar o dinheiro da primeira parcela, o casal de "namorados" da PF recebeu mensagem pelo WhasApp e efetuou a prisão de Figueiredo;
  • O representante do CNI tentou se passar por vítima em depoimento na Superintendência da PF, acusando o advogado do Itaú de fazer a proposta de suborno. Ele não sabia da escuta que já era do conhecimento da polícia, além das mensagens trocadas entre ele e o representante do banco nas últimas semanas sobre o processo do qual Figueiredo é (ou era) relator. O fator positivo dessa operação cinematográfica é que diante dos recursos da Polícia Federal os costumeiros ladrões de dinheiro público vão pensar não só duas vezes, mas mitas vezes antes de praticarem qualquer tipo de malfeito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não saia do Blog sem deixar seu comentário