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9 de outubro de 2013

Marina e Eduardo Campos fazem petistas 'correr da sala para a cozinha'

Pode parecer que não, mas, quer queiram ou não, a inesperada filiação de Marina Silva no PSB deixou os petistas sem um discurso unificado e coerente sobre o impacto do fato novo provocado pela união dela com o governador Eduardo Campos, de Pernambuco. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirma que Marina e Eduardo Campos vão acabar se desentendendo se ela continuar tendo seu nome com bons índices de intenção de voto nas próximas pesquisas, pois iria pleitear ser a cabeça da chapa. Rui Falcão afirma que isso vai fazer com que a presidente Dilma seja eleita já no primeiro turno das eleições de 2014. O líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães é aquele mesmo que teve um assessor carregando dólares na cueca ─, chegou a dizer que Dilma está com o astral nas nuvens, com a certeza de que estará eleita em 5 de outubro do ano que vem;

Numa demonstração de que os petistas estão 'chutando para todos os lados’, o governador do Rio Grande Sul, Tarso Genro disse: “Minha avaliação é que este é um processo que daqui para adiante muda o caráter da disputa eleitoral. Não vai mais ser uma disputa entre a memória de Fernando Henrique Cardoso e a memória dos governos Lula e Dilma. Vai ser uma disputa sobre o futuro: o que os candidatos e as coalizões dizem que vão fazer sobre o que conquistamos até agora”.  Já o ex-presidente Lula ficou “surpreso” com a articulação firmada entre o governador Eduardo Campos  e Marina Silva. Numa avaliação feita a aliados, Lula que a candidatura de Campos subiu de patamar, tornando-se uma ameaça efetiva aos planos de reeleição da presidente e sua afilhada política, Dilma Rousseff. Essa é mais uma prova de que os petistas ainda estão um pouco tontos com a jogada política mais falada nos últimos dias:

Desmentindo o comentário de Rui Falcão, Marina Silva afirmou; “Em nenhum momento, nós discutimos essa história de inversão ou não inversão. Eduardo é o candidato. Está colocado”.  Ela também enfatizou: “Não pode ser o tempo de televisão que vai nos aprisionar a uma lógica política que não nos dá a chance de mudar”, em entrevista sobre a formação de alianças partidárias a qualquer preço em busca de maior tempo de TV na campanha eleitoral. Marina recorda 2010: “Eu, com 1 minuto e 20 segundos de televisão, tive 19% dos votos. Não pode ser o minuto de televisão, 30 segundos de televisão, que faz com que a gente jogue o futuro da nação nas mãos daqueles que não entendem a lógica de que o governar juntos não pode ser feito com base no toma-lá-dá-cá.” E ela disse mais: “Se for para ganhar para continuar refém da velha República, para governar tendo que distribuir pedaços do Estado, preso em uma lógica que não coloca em primeiro lugar os interesses estratégicos do país, então, não precisa ganhar. Isso já tem quem está fazendo”;

Antes de saber da jogada de Marina e Eduardo Campos, o marqueteiro do PT, João Santana, foi enfático: "A Dilma vai ganhar no primeiro turno, em 2014, porque ocorrerá uma antropofagia de anões. Eles vão se comer, lá embaixo, e ela, sobranceira, vai planar no Olimpo.” Os ‘anões’, segundo João Santana, são os candidatos Marina Silva, Aécio Neves, Eduardo Campos, e até José Serra, caso venha a ser escolhido pelo PSDB em lugar de Aécio. Até o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, opinou: “O que menos crescerá, ao contrário do que ele próprio pensa, é justamente Eduardo Campos”. Vê-se, então, que os petistas desde sábado estão ‘correndo da sala para a cozinha’, ainda desorientados. Além disso, o Governo poderá durante a campanha a desagradável companhia da inflação, uma verdadeira incógnita sobre o que vai ocorrer com a economia dos Estados Unidos, com Obama às voltas com a não aprovação do orçamento do país ex-amigo do Brasil, conforme estabelecido por Dilma Rousseff.

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