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7 de outubro de 2013

Aliados de Dilma exigem mais espaço no Governo e ameaçam até 'pular do barco'

A verdade é que a inesperada atitude da ex-senadora Marina Silva aliando-se ao governador Eduardo Campos, de Pernambuco, ao filiar-se ao PSB, e ainda a especulação de que ela seria a vice de Eduardo, perturbou a tranquilidade e até alguma euforia que reinavam no Palácio do Planalto depois da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de negar registro ao partido no qual Marina tentaria concorrer à Presidência da República. Assessores diretos da presidente Dilma achavam que a política acreana era a principal adversária dela e que sua saída do páreo abriria caminho até para uma eleição de Dilma no primeiro turno da eleição de 2014. No entanto, outros auxiliares diretos da presidente acham que é praticamente certo que haverá segundo turno no ano que vem e que no segundo turno haverá um verdadeiro rolo compressor formado pelos candidatos de oposição, uma vez que Eduardo Campos pode ter fortalecido sua candidatura ou que haja uma inversão nessa chapa;

Diversos outros complicadores vão certamente acontecer. Já há algum tipo de pressão de partidos aliados que começam a cobrar caro por apoio a Dilma. O maior partido da 'base aliada', o PMDB, está reclamando de ministério que tinha e que foi para outro partido. Outros querem mais espaço no Governo para firmar parceria com a presidente e apoiar sua reeleição. Outras cobranças vão certamente aparecer daqui por diante. Uma que é certa diz respeito ao Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, autêntico carro-chefe lançado pelo ex-presidente Lula para alavancar a candidatura de Dilma em 2010, chegando ao ponto de denominá-la 'Mãe do PAC', programa que já consumiu bilhões de reais mas que não ensejou nenhuma obra de grande porte nos últimos quatro anos. Dezenas de obras sequer foram iniciadas e outras começaram mas estão praticamente abandonadas, como são os casos da rodovia Transnordestina e e a da transposição do Rio São Francisco, praticamente abandonada e mantendo o nordeste convivendo com a seca;

Um outro problema que vai deixar o Palácio do Planalto arrepiado é o julgamento do 'Mensalão do PT' pelo Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que o relator do processo na fase que está para se iniciar avisou que pretender envidar esforços para que a conclusão aconteça no primeiro semestre do ano que vem, ou seja, em plena campanha pela sucessão de Dilma Rousseff. Além da exposição de figurões petistas, José Dirceu à frente, até mesmo se for absolvido, será um prato cheio para os candidatos oposicionistas. Além do mais, ainda não se sabe se haverá crescimento da candidatura de Eduardo Campos, se haverá inversão na chapa do PSB e também se haverá adesão de esquerdistas insatisfeitos com os rumos do PT e ainda se haverá apoio dos evangélicos a Marina ou a Eduardo Campos, sabendo-se que ela é membro da Assembleia de Deus, uma igreja que reúne milhões de fiéis que poderão aderir na esperaça de ver chegar uma irmã de fé ao posto mais alto do País.

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