Por essa ninguém esperava. Enquanto os policiais do governador Sergio Cabral, do PMDB, espancavam professores municipais que se manifestavam em frente à Câmara, a pedido do presidente daquela Casa, integrante da bancada sujeita ao prefeito Eduardo Paes, também do PMDB, eis que surgem um bando de Black Blocks quebrando tudo, como sempre, declarando-se 'defensores' dos professores. O mais preocupante é que muitos dos líderes do magistério aceitaram a 'colaboração', e ainda saíram em defesa dos vândalos, que na ocasião andaram quebrando entre, outras coisas, vidraças de agências bancárias, além de portarem faixas com o célebre 'Fora Cabral', que de certo modo tem pouco a ver com as manifestações, a não ser pela péssima qualidade da atividade de seus policiais ao tentar reprimir as manifestações;
Jogar gás lacrimogêneo e spray de pimenta, além de atirar balas de borracha e aplicar choques elétricos nos integrantes do magistério não ser o melhor caminha para uma possível revolta contra algo que fira os interesses dos mesmos. Mas há outras coisa muita séria a ser ponderada. Não cabe de modo nenhum a um grupo de professores aceitar o 'apoio' dos baderneiros, principalmente pela condição de educadores que exercem na sociedade, que é algo de maior relevância no mister dos professores, como colaborares dos pais na educação principalmente de crianças, pois a escola não deixa de ser uma extensão dos lares dos estudantes, que muitas vezes convivem com os mestres por mais horas durante o dia do que com seus pais;
A sociedade em expressiva maioria não concorda com as ações dos Black Blocks e muitos até se afastaram das manifestações de rua, sempre atrapalhadas pelos mascarados que aparecem e quebram tudo que encontram pela frente num claro objetivo de desviar a atenção da mídia para as manifestações legítimas do povo, parecendo estarem a serviço exatamente daqueles que são objeto das reclamações da população. Dessa forma, é de se lamentar que a truculência dos policiais e até da forma como o prefeito Eduardo Paes tem se pronunciado sobre o impasse entre a prefeitura e os professores, chegando ao ponto de fazer declarações absurdas, que só servem para por mais lenha da fogueira, como essa: "A greve é um direito, mas vamos coarta o ponto dos professores". Isso caracteriza que, além de não discutir em nenhum momento com os principais interessados o conteúdo do projeto, Eduardo Paes acionou seu 'rolo compressor' no Legislativo, aprovando-o de modo bastante rápido;
A resposta a tudo isso pode acontecer já em 2015, com a rejeição já evidente do candidato do governador Sergio Cabral à sua sucessão. São milhares de professores e seus familiares que sairão em campo para evitar a presença de um Pezão no comando do Estado por ser Eduardo Paes cria e aliado de Cabral, a quem os professores atribuem a responsabilidade pelas agressões que professores, em grande número idosos e 'armados' de faixas e cartazes. O sucessão de Eduardo Paes será somente em 2016, mas no ano que vem ele poderá notar que se a maioria do povo pudesse já estaria mandando Cabral e Paes para casas, forçando-os a saírem da vida pública para 'recolherem-se à privada'.
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