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25 de junho de 2013

Reforma política é bem vinda; reforma de políticos é mais ainda

  • A imprensa divulgou amplamente que a presidente Dilma havia convocado uma reunião todos os governadores e prefeitos de capitais para tratarem de assuntos relativos às manifestações que não param de acontecer nas ruas de quase todas as cidades do Brasil. Pela TV vimos mais um pronunciamento de Dilma – observem que ela não está aparecendo mais na TV vestida de roupas vermelhas – como se fosse uma porta-voz dos presentes. Não foi bem assim. A reunião aconteceu depois e foi praticamente fechada. Não houve transmissão direta e somente ela foi vista apresentando suas propostas. Funcionou mais uma vez a orientação do marqueteiro para tentar melhorar a imagem da presidente, ainda pensando na eleição de 2014;
  • A reunião, os presentes puderam falar, ocasião em que se pôde observar que os nervos de Dilma estão abalados, algo que ficou evidente quando o prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio, do PSB, falou sobre dificuldades para reduzir tarifas de ônibus, Dilma, irritada, disse: “Olhe aqui, meu filho! Eu conheço muito bem todos esses números!” Quando ela usa a expressão ‘meu filho’ ou ‘minha filha’, podem ter certeza que ela está com a faca entre os dentes. De todas as cinco propostas de Dilma, uma é bastante polêmica, a que trata da convocação de plebiscito e formação de uma Constituinte para tratar exclusivamente de determinados temas. Há ministros do Supremo, juristas e até parlamentares governistas que discordam dessa proposta. Muita discussão já acontece e não será fácil a ideia ser levada adiante;
  • Há, no entanto, algo com o que a grande maioria da população concorda, que á a proposta da reforma política. Isso todo mundo quer e não há nenhuma necessidade de plebiscito para se saber. Quer instituto de pesquisa pode confirmar. O povo entende que uma reforma política poderá proporcionar alguma coisa muito maior, que será a reforma dos políticos. Já se observa no ar uma tendência de banimento através das urnas no ano que vem de políticos ’fichas-sujas’. Tem gente por aí que pode começar a cuidar de sua vida privada, porque da pública muitos deles serão enxotados pelo voto;
  • Um dos principais itens de uma reforma política seria o fim da obrigatoriedade do voto, algo que assusta os atuais políticos, pois só votaria quem estivesse consciente do que iria fazer. Outra coisa a ser levada em conta seria o fim das eleições proporcionais, quando o eleitor vota no candidato de sua preferência e vê o mesmo ficar de fora por causa do Coeficiente Eleitoral de outro partido, que ‘elege’ alguém com insignificante número de votos (temos no Rio de Janeiro o exemplo de Jean Wyllys, que com apenas 13 mil votos deixou de fora dezenas de outros candidatos, alguns até com o triplo dos votos que ele teve. Outro ponto a ser pensado e que está sendo objeto da reivindicação de muitos é a limitação de apenas dois mandatos para qualquer cargo eletivo. Não dá para se pensar em listas partidárias e muito menos em financiamento público de campanhas, bem como também deveria ser proibida a doação de dinheiro para candidatos;
  • O mais importante é que alguma coisa aconteça e que o povo exija mesmo uma mudança radical da política e, principalmente, dos políticos brasileiros.

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