Governo argentino acusa proprietários de 'Clarín' e 'La Nación' de homicídio e quer donos presos
BUENOS AIRES - O governo da presidente argentina Cristina
Kirchner apresentará denúncia nos tribunais de La Plata (capital da província
de Buenos Aires) contra os jornais "Clarín" e "La Nación", acusados pela
Casa Rosada de cumplicidade no sequestro e em torturas sofridas por membros da
família Graiver que, em novembro de 1976, venderam a empresa Papel Prensa aos
diários. Esta notícia está no site de O
Globo, informando ainda que segundo o jornal "Perfil", a denúncia inclui o pedido de "imediata detenção"
de Hernestina Herrera de Noble, dona do grupo Clarín; Héctor Magnetto,
principal acionista do grupo; e Bartolomé Mitre, diretor do "La Nación". O
objetivo do ex-presidente Néstor Kirchner é que os donos dos jornais sejam
condenados pela suposta compra irregular da Papel Prensa, empresa que
atualmente abastece 75% do mercado de papel.
Isso faz lembrar
as recentes palavras do presidente Lula dizendo que o povo mais pobre não
precisa mais de formador de opinião. "Nós
somos a opinião pública", afirmou, acrescentando que a vitória
de Dilma Rousseff na eleição significará também a derrota da imprensa.Lula
ainda enfatizou: "Nós não vamos derrotar
apenas os nosso adversários tucanos, nós vamos derrotar alguns jornais e
revistas que se comportam como se fossem um partido político e não têm coragem
de dizer que são um partido político, que têm candidato e não têem coragem de
dizer que têm candidato, que não são democratas e pensam que são
democratas";
Como a atitude
do ex-presidente argentino faz também lembrar o que Hugo Chávez andou fazendo
na Venezuela contra a principal rede de TV daquele país e sendo o
coronel-presidente uma espécie de ícone para Lula, ficamos na expectativa do
que possa acontecer futuramente aqui no Brasil com uma possível vitória de
Dilma Rousseff, ainda mais depois das declarações de José Dirceu, certamente um
dos comandantes de um futuro governo petista, cujas diretrizes em relação à
mídia não passam nem de leve perto da liberdade de imprensa que vivenciamos
hoje.
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