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20 de setembro de 2010

Imprensa livre: O Brasil vai imitar a Argentina?

Governo argentino acusa proprietários de 'Clarín' e 'La Nación' de homicídio e quer donos presos


BUENOS AIRES - O governo da presidente argentina Cristina Kirchner apresentará denúncia nos tribunais de La Plata (capital da província de Buenos Aires) contra os jornais "Clarín" e "La Nación", acusados pela Casa Rosada de cumplicidade no sequestro e em torturas sofridas por membros da família Graiver que, em novembro de 1976, venderam a empresa Papel Prensa aos diários. Esta notícia está no site de O Globo, informando ainda que segundo o jornal "Perfil", a denúncia inclui o pedido de "imediata detenção" de Hernestina Herrera de Noble, dona do grupo Clarín; Héctor Magnetto, principal acionista do grupo; e Bartolomé Mitre, diretor do "La Nación". O objetivo do ex-presidente Néstor Kirchner é que os donos dos jornais sejam condenados pela suposta compra irregular da Papel Prensa, empresa que atualmente abastece 75% do mercado de papel.

Isso faz lembrar as recentes palavras do presidente Lula dizendo que o povo mais pobre não precisa mais de formador de opinião. "Nós somos a opinião pública", afirmou, acrescentando que a vitória de Dilma Rousseff na eleição significará também a derrota da imprensa.Lula ainda enfatizou: "Nós não vamos derrotar apenas os nosso adversários tucanos, nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem um partido político e não têm coragem de dizer que são um partido político, que têm candidato e não têem coragem de dizer que têm candidato, que não são democratas e pensam que são democratas";

Como a atitude do ex-presidente argentino faz também lembrar o que Hugo Chávez andou fazendo na Venezuela contra a principal rede de TV daquele país e sendo o coronel-presidente uma espécie de ícone para Lula, ficamos na expectativa do que possa acontecer futuramente aqui no Brasil com uma possível vitória de Dilma Rousseff, ainda mais depois das declarações de José Dirceu, certamente um dos comandantes de um futuro governo petista, cujas diretrizes em relação à mídia não passam nem de leve perto da liberdade de imprensa que vivenciamos hoje.

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