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20 de julho de 2010

O povo espera propostas, não bate-boca



A campanha eleitoral não está sendo aquilo que se espera num país democrático. Os principais candidatos, nos primeiros dias de campanha oficial, pouco têm dito sobre o que pretendem fazer nos próximos quatro anos. Planos de governo não foram devidamente divulgados, mesmo com a exigência legal de apresentá-los no momento do pedido de registro das respectivas candidaturas. Mais que isso, o que tem havido é um duelo de acusações que em nada esclarecem sobre o que pretendem fazer em benefício do povo;

Segundo se lê nos sites de notícias, José Serra (PSDB) acusou nesta terça-feira o PT de mentir na campanha eleitoral à Presidência da República, durante discurso feito para empresários de Goiás. Na ocasião, Serra disse que a campanha se transformou em "mentira, teatro e em processar vítimas" ao referir-se aos petistas: "O PT espalhou que eu vou privatizar os Correios, a Caixa, o Banco do Brasil e proibir concurso no Brasil. É tudo o que eu defendo. Campanha não é debate, é mentira, é teatro, é processar vítima. Tudo como máquina de intimidação. Basta olhar o programa de direitos humanos do governo, o programa aprovado pelo PT e a versão apresentada à Justiça Eleitoral";

Serra também acusou o Governo Federal de aparelhamento político, negando ter loteado os cargos públicos durante sua gestão no governo de São Paulo e no Ministério da Saúde.E enfatizou: "Hoje é tudo dividido entre partidos. Por que um partido precisa ter diretor de hospital, a diretoria financeira de uma empresa? Nós não vamos fazer isso". Serra disse que o loteamento político é a grande fonte de corrupção e de ineficiência do Estado brasileiro. "Não é de leis que o país precisa, é de política séria nessa matéria. Isso vocês terão comigo". Ao ser questionado por um dos empresários sobre o Movimento dos Sem Terra (MST ), Serra disse que a entidade é um movimento político com propostas superadas pela história. Ele disse que defende que o MST tenha liberdade para defender suas ideias, mas acusou o governo federal de financiá-lo. "Eu advogo que eles tenham liberdade, mas não para receber dinheiro do governo para financiar invasões";

Como nada fica sem resposta, Dilma Rousseff (PT) afirmou que José Serra teme perder as eleições e que esse foi o motivo para os ataques relacionando o PT às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A reação de Dilma à crítica de Serra, que endossou ontem declaração de seu candidato a vice, Indio da Costa (DEM), sobre a guerrilha, foi feita durante entrevista ao vivo na rádio Terra AM, de Montes Claros (MG), onde a petista esteve fazendo campanha hoje. Ela disse: "Pretendo manter o diálogo e o debate eleitoral em nível elevado. Eu me surpreendo. Não esperava de maneira alguma que o meu adversário, diante da primeira adversidade, diante do fato de que ele teme perder as eleições, teme pelo seu desempenho, ao invés de debater, passe a fazer acusação";

Vê-se, por aí, que Serra e Dilma, bem como Marina Silva (PV) ainda não se concentraram em utilizar os meios de comunicação o que têm planejado para executarem em benefício do povo em particular e do Pais, de um modo geral, perdendo tempo em discussões que só servem para mantê-los no noticiário, porém não apresentando nenhum resultado prático no que diz respeito ao futuro do Brasil e dos brasileiros.

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