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6 de julho de 2010

Lula pode se licenciar para 'empurrar' sua candidata

Já abordamos o fato de que nunca antes na história deste país um presidente da República havia se envolvido tanto na campanha eleitoral sucessória quanto Lula. Na postagem anterior vimos que até a imprensa internacional também observou o comportamento de Lula, bastante diferente do que acontece nos outros países. Foi só Lula fazer mais uma de suas intermináveis viagens para sua candidata, ficando sozinha, ver outra vez José Serra empatar a corrida eleitoral de acordo com pesquisa de intenção de voto divulgada por dois institutos;

Tais pesquisas causaram preocupação nas hostes governistas e hoje a imprensa divulga que o PT quer que Lua se licencie para poder desfilar pelo Brasil a fora com sua candidata a tiracolo. Isso seria necessário, segundo o comando da campanha da candidata de Lula, caso ela continue colada em Serra ou seja por ele ultrapassada nas pesquisas, agora que a campanha começa oficialmente. Seria preciso que o presidente se utilizasse de sua ainda ampla popularidade para alavancar a candidatura que foi enfiada de goela a dentro no PT;

Os petistas argumentam que Lula estando fora da presidência poderia participar de comícios e outros eventos de campanha, além de pedir votos para sua candidata. Não haveria risco de aumentar o número de multas por infringência à legislação eleitoral, que já chegam a seis, algo também inédito na história deste país. Caso a candidata se recupere, Lula não se licenciaria, mas continuaria participando da campanha fora do horário de expediente, como se ele não continuasse Presidente durante as 24 horas do dia;

O esforço para que Lula entre de licença, provavelmente em setembro, é tão acentuado, que os líderes da campanha petistas não confirmam, mas também não negam a probabilidade da licença, tudo dependendo do andamento da campanha. Quando o assunto foi ventilado pela primeira vez, no início do ano, o Governo desmentiu, mas agora tudo começa a desmentir o desmentido. Note-se que o vice-presidente José Alencar foi aconselhado a não concorrer a nenhum cargo, como pretendia, pelo fato de ser da inteira confiança de Lula. Se o vice fosse candidato, teria que assumir o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), que é o vice da chapa oficial. Ele não assumiria, cabendo ao presidente do Senado, José Sarney, sentar da cadeira de Lula, mas aí, apesar do presidente ter dito que Sarney era uma pessoas especial, não seria conveniente tê-lo na Presidência da República, pois seria um prato cheio para a Oposição;

E assim vai nosso país dando grandes "exemplos" políticos para o mundo protagonizados pelo presidente Lula.

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