As recentes decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes já não surpreendem ninguém. O que causa surpresa é a inércia da Corte em estabelecer regras de comportamento de seus integrantes. Se o magistrado continuar se comportando como "soltador-geral da República" jogará por terra o prestígio que o STF tem atualmente junto à população por causa das condenação e prisão de políticos e empresários corruptos. O mais recente exemplo de um dos absurdos cometidos por Gilmar Mendes foi em relação a uma decisão do juiz Marcelo Bretas que teve revogada a prisão de Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do ex-governador Sérgio Cabral, um réu confesso que devolveu à Justiça propinas no valor de US$ 4 milhões e 300 mil. Ao conceder um habeas corpus, Gilmar justificou: "Os dados se revelam inidôneos, pois não há indicação de elementos concretos". Como assim, ministro? O fez uma doação milionária à Justiça? Alguém acredita que o ilustre juiz não sabe a diferença entre as expressões "idôneo" e "inidôneo"? Quem crê nisso pode desde já botar seu sapatinho na janela e esperar um presente de Papai Noel no próximo Natal.
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