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28 de janeiro de 2011

Dilma se esconde e PMDB e PT brigam por cargos

De uns tempos para cá, os candidatos a cargos eletivos passaram a ser tratados como "mercadorias" que são exibidas ao público (no caso, os eleitores) através de técnicas de propaganda, de modo que os eventuais "compradores" vejam o produto do modo mais positivo possível. Nas eleições de 2002, o marqueteiro Duda Mendonça (aquele das brigas de galo e de dinheiro recebido do PT em paraísos fiscais) ficou famoso quando vendeu o produto "Lulinha paz e Amor" com técnicas que começavam pelo corte do cabelo e pela forma de aparar a famosa barba, passando pelos ternos Armani, tudo aliado a uma fala mansa, bem diferente dos discursos que por três eleições consecutivas Lula fazia em campanha, porém trincando os dentes. Isso deu certo, porque depois de três derrotas consecutivas e  finalmente o eterno candidato do PT ganhou a eleição;

Acontece que as técnicas de publicidade também são utilizadas para manter os produtos nas prateleiras. Assim é que Lula conseguiu se reeleger e ainda fazer sua sucessora, uma ministra eminentemente técnica, transformada em política profissional, vacilante no início da campanha, mas que depois aprendeu como se apresentar como "produto" político que caiu no agrado da maioria do eleitorado no segundo turno da eleição do ano passado;

Foi observado que Lula passou oito anos quase que diariamente sendo focalizado pelo mídia, mantendo-se sempre em campanha eleitoral. Nunca desceu do palanque. Isso serviu aos seus objetivos de manter o PT no comando do Governo. Mas há algo que não vai indo muito bem para a imagem do Governo Dilma Rousseff, exatamente pela forma como ela vem se comportando. Adotando uma postura de gerente do País, quase não sendo vista nem ouvida, ela não é como Lula e na falta da presença dela nos palanques das "inauguração" de assinatura de plantas, lançamento de pedras fundamentais e até reinaugurações, dona Dilma tem deixado para imprensa espaço para divulgar as brigas entre PT e PMDB por cargos nos escalões inferiores da administração, disputando cargos em órgãos que administram polpudos orçamentos, bem como as brigas entre os próprios petistas que buscam um emprego melhor pera os "companheiros";

Como resultado disso, começam a aparecer diversos indícios de escândalos praticados em diversos órgãos da administração federal nos último oito anos, que eram escondidos pela constante presença de Lula no noticiário. Com isso, o povo praticamente se esqueceu do Mensalão (há um processo no Supremo com 40 indiciados, com Zé Dirceu à frente), dos dólares em cuecas, das quebras de sigilos bancários e fiscais. Para culminar, aparece agora um membro do PMBD ameaçando trazer para a mídia o que diz saber sobre o mais de R$ 1 milhão apreendido em mãos de petistas "aloprados";

Se Dilma Rousseff continuar escondida, certamente muita coisa suja do governo anterior pode vir à tona, pois para administrar um orçamento de bilhões de reais, principalmente os peemedebistas, também capazes de jogar no ventilador até coisas que saibam do atual governo. É só perder algum cargo ambicionado. Eles são históricos nessa sede por cargos, mas não ganham de goleados dos petistas. É jogo de placar apertado.

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