Muita gente ainda não esqueceu que essa história de quebra de sigilo fiscal de membros da família de José Serra e de dirigentes do PSDB surgiu a partir de notícia dando conta de que se tratava de alguém do comitê de campanha de Dilma Rousseff. Agora, em pleno segundo turno, às vésperas do dia da eleição, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirma
que investigações da Polícia Federal mostram que a quebra de sigilo
fiscal teria acontecido por pessoas
ligadas ao próprio PSDB, com a candidata do negando envolvimento de sua campanha nas violações;
Parece que querendo criar um factoide, o PT pediu para ter acesso ao inquérito da Polícia Federal que investiga
o caso e a abertura de um novo inquérito para investigar se havia uma
central de espionagem que seria comandada por um deputado ligado a
Serra. Ontem, a Polícia Federal divulgou que o jornalista Amaury
Ribeiro Jr. encomendou a violação de sigilo fiscal de pessoas ligadas a
Serra e de dirigentes do PSDB, e o jornalista, que na época das violações - em setembro e
outubro de 2009 -, trabalhava no jornal "O Estado de Minas",disse que fez a
investigação após descobrir que o deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), que estaria supostamente à frente de um
grupo de espionagem a serviço do governador de São Paulo, José Serra
(PSDB), a fim de obter informações comprometedoras sobre a vida do
ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG), a serviço de Serra;
A investigação da PF aponta que Amaury Ribeiro
Jr. encomendou a quebra dos sigilos fiscais do vice-presidente do PSDB,
Eduardo Jorge, da filha de José Serra, Verônica, do genro dele,
Alexandre Bourgeois, e de outros tucanos, conforme informações divulgadas pelo jornal "Folha de S.Paulo" e
pela Agência Estado. Segundo afirmou o delegado
Moretti, da PF, Ribeiro Jr. disse em depoimento que pagou pelas
informações ao despachante Dirceu Rodrigues Garcia, que trabalha em São
Paulo, mas não informou os valores.
Em nota divulgada nesta tarde, Itagiba afirma que ele foi um dos que
pediu investigação da PF sobre o suposto dossiê que estaria sendo
realizado por pessoas ligadas à pré-campanha de Dilma. Na nota, o
deputado nega ter feito qualquer espionagem, afirmando:“Não sou araponga. Quando fui delegado, fazia investigação em inquérito
aberto, não espionagem, para pôr na cadeia criminosos do calibre desses
sujeitos que formam essa camarilha inscrustrada no PT”;
Não dá para acreditar em tal insinuação por parte do PT, pois em se tratando de formação de dossiê, é ali que tem acontecido uma ampla produção dos mesmos. Isso infelizmente é mais um episódio do jogo sujo em que vem se caracterizando a atual campanha, que traz fatos inéditos, como a "licença" não oficial de Lula para subir nos palanques de sua candidata, como também a truculência de militantes do PT provocando tumulto em campanha de adversário, talvez para se fazerem de vítimas. Infelizmente este está sendo o caminho e coisas desagradáveis ainda poderão ocorrer.
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