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25 de novembro de 2016

Anistia do 'Caixa 2' de parlamentares pode acabar com a Lava-Jato

A maioria dos deputados federais demonstra estar cheia de coragem e vazia de vergonha, porque, com bastante arrogância, parece não arredar pé na decisão de promover uma anistia para si próprios no caso da utilização de "Caixa 2" em suas campanhas eleitorais, que a legislação considera como crime, com dinheiro proveniente de propinas desviado dos cofres públicos. Ao se anistiarem, os parlamentares estão zombando da sociedade que dizem representar. Esquecem que o Governo atual existe porque milhões de brasileiros foram às ruas para exigir a saída do poder de um grupo que "metia a mão" no dinheiro da Petrobras, uma das maiores empresas do mundo. A omissão do presidente Michel Temer também pode levar o povo a fazer manifestação pedindo também sua retirada do Palácio do Planalto. Não sendo atendido e prevalecendo a desfaçatez dos deputados, a solução será a desobediência civil, com a exigência de novas eleições e a prisão de todos os assaltantes dos cofres da União;

Os presidentes das duas Casas Legislativas que compõem o Congresso Nacional, Renan Calheiros (Senado Federal) e Rodrigo Maia (Câmara dos Deputados) são os que mais defendem a não criminalização do "Caixa 2", confessando a própria culpa e a de muitos outros parlamentares. Entre os prováveis anistiados estarão políticos corruptos que já foram condenados pela Operação Lava-Jato. O juiz Sérgio Moro e os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) serão obrigados a revisar sentenças e muitos deles serão soltos e ainda terão direito a reivindicar indenização pelo dano moral de ficarem atrás das grades indevidamente. Tudo isso depois de dois anos e oito meses de trabalho da Lava-Jato. Terá sido mera coincidência tudo isso acontecer no momento em que cerca de 80 executivos da empreiteira Odebrecht delatar a efetiva participação de aproximadamente 130 figurões de vários partidos em falcatruas em obras publicas? Como o Natal está chegando, quem acredita em Papai Noel talvez não entenda assim.

Um comentário:

  1. O ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima não aguentou a pressão e decidiu pedir demissão. Existe a possibilidade de abertura de inquérito também contra o presidente Temer e contra o ministro Eliseu Padilha. O ministro encaminhou carta de demissão, após polêmica envolvendo edifício em área tombada pelo Iphan em Salvador.

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