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8 de fevereiro de 2016

Até quando o povo vai tolerar os políticos?

O Brasil está sempre sendo bombardeado por escândalos de corrupção. A maioria deles que até hoje espera por uma punição. O que se vê é a ganância, a impunidade, e a guerra política, cicatrizes que invariavelmente punem o mais indefeso e o mais inocente de todos: o povo. Tivemos, nos anos 1990, o escândalo do Banestado envolvendo remessas ilegais de divisas para o exterior, somando nada menos que US$ 19 bilhões. Ainda nos anos 1990, os inquéritos das privatizações apontavam desde perdas bilionárias para os cofres públicos até o não cumprimento de regras básicas por parte da iniciativa privada, como, por exemplo, o fato de uma empresa não poder assumir duas companhias, o que aconteceu inclusive em processos que extrapolaram os prazos legais;
E ainda houve o caso dos 'Anões do Orçamento', no qual, de 1989 a 1992, sete deputados da Comissão de Orçamento do Congresso fizeram emendas de lei remetendo dinheiro a entidades filantrópicas ligadas a parentes e cobravam propinas de empreiteiras para a inclusão de verbas em grandes obras. Nos anos 2000, uma operação da Polícia Federal (PF), batizada de Castelo de Areia, mostrou novo caso envolvendo políticos e empreiteiras. Desta vez era a Camargo Correia e mais de 200 políticos dos mais variados partidos relacionados com supostos crimes financeiros, lavagem de dinheiro, superfaturamento de contratos, fraudes em concorrências e pagamento de propinas e outros 'malfeitos';
Depois de todos estes escândalos, e de muitos mais, agora as crianças de São Paulo ficam conscientes de que merenda escolar deles poderia ser melhor, porém, a parte importante da proteína vai para os ladrões de alunos. Lembramos que o governador paulista é Geraldo Alckmin, do PSDB. Temos também o governo tucano do Paraná, contra o qual o Ministério Público (MP) acaba de mandar abrir inquérito sobre sonegação de imposto, dinheiro do povo que se não fosse sonegado, iria para a Saúde, a Segurança e a Educação. Tudo isso faz com que o povo veja a classe politica com nojo. E como não sentir isso após notícias como a de um procurador denunciando o Partido Popular (PP), da base do Governo, como o segundo partido que mais recebeu propina dos escândalos da Petrobras, somando nada menos que R$ 358 milhões. Existe ainda ainda uma delação premiada na Operação Lava-Jato segundo a qual o ex-presidente Fernando Henrique teria recebido R$ 10 milhões em outras transações. Juntem-se a isso os escândalos da construção de estádios de futebol, onde arenas tucanas e petistas foram beneficiárias de grandes reformas, que envolveram suspeita de corrupção;
Como fica o povo diante de tudo isso? Será que em razão de estarmos no carnaval, quando o povo precisa se alienar, haja alguma dúvida de que, depois de passar os festejos, não teremos uma população raivosa, claramente com sinais de se aproximarem do sentimento de vingança? E o que dizer ainda do risco que o Brasil está correndo, com o deboche dos parlamentares que não querem ajudar, imaginando que é melhor a convulsão de uma crise social do que os impostos. Estes desempregados, com toda a razão de estarem revoltados, terão apenas uma coisa em mente: como aguentar passivamente a fome, a falta Saúde e de Educação para seus filhos? A cada dia que passa mais admitimos que as eleições municipais de outubro vão ter muitos recados peara os políticos. Pesquisas apontam grandes perdas do PT em prefeituras e câmaras, e também um acentuado volume de votos nulos e em branco.

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