Atenção, Mercadante! Proibir novas faculdades não melhora qualidade dos advogados
- Exceto o advogado, qualquer outro profissional
liberal tão logo seja diplomado, e cadastrado no respectivo conselho federal,
começa imediatamente a exercer sua profissão. Os médicos começam a clinicar e
fazer cirurgias; os arquitetos projetam edifícios, que os engenheiros levantam;
os psicólogos começam a ‘fazer a cabeça’ de seus clientes; o professor começa a
dar aulas; e assim por diante. Ao contrário desses e dos demais, o advogado só
estará habilitado a exercer suas atividades, fazendo jus ao que estabelece a
Constituição em seu Art. 133, que diz: “O advogado é indispensável à
administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no
exercício da profissão, nos limites da lei”, se for aprovado em exame
destinado aos formados e aplicado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No
último exame, com participação de mais de 100 mil bacharéis, apenas 10% foram
aprovados;
- É lamentável, mas, baseado nesse resultado, o
ministro da Educação, Aloízio Mercadante, decidiu proibir que outras faculdades
de Direito não poderão ser abertas no País. A medida nos parece ser
precipitada. Se existe deficiência no ensino nas atuais faculdades, cabe ao
Ministério da Educação fechá-las ou impedir que realizem novos vestibulares. O
problema está nelas. Impedindo-se a aberturas de novas, o Governo estará
impedindo que surjam outras de qualidade superior às atuais, que obviamente
formariam melhores futuros advogados;
- O ministro Mercadante precisa repensar a medida que
tomou. O exame da OAB deve, sim, ser mantido, ao contrário do que alguns
pensam. Aliás, talvez até fosse interessante que esse tipo de filtragem da
qualidade dos profissionais devesse ser também aplicado. Os estágios muitas
vezes atestam inverdades. No caso da Medicina, talvez a residência médica possa
continuar servindo de avaliação, cabendo a MEC regulamentar essa avaliação em
conjunto com o Conselho Federal de Medicina, para a qualidade dos médicos seja
comprovada de modo real;
- No momento, não há como se esperar alguma coisa
positiva por parte do Ministério da Educação, principalmente depois de mais uma
enorme mancada do Enem, que nos ‘trousse’ razões que nos fizeram ‘enchergar’ a
realidade de como tem sido conduzida a avaliação dos demais cursos em nosso
país.
É uma "midida" pra "cerebrar" com um rodízio de Miojo, cantando o hino do "Parmera".
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