Revolução ou golpe militar? Cada lado tem direito de poder pensar e dizer o que quiser
- Amanhã se
completam os 49 anos da Revolução de 1964. Uns dizem que o movimento dos
militares foi para evitar que o Brasil se transformasse numa nação comunista.
Já outros tratam o evento como a implantação de uma ditadura militar no País.
Parece que ambos os lados têm razão. Várias demonstrações foram dadas pelos
esquerdistas e os militares exageraram na repressão e na forma de 'alternância'
do Poder. Agora, com a criação da Comissão da Verdade, muita gente cobra que
ela apure a verdade dos dois lados que estiveram em conflito na época e não só
o que de errado tenha sido praticado por agentes públicos, ou seja, os órgão de
repressão, para que não fique parecendo ser uma forma de revanche por parte
daqueles que hoje estão no Poder e que foram vítimas da repressão exagera
praticada naqueles tempos, algo deixado transparecer com a declaração da
presidente Dilma apressando a Comissão da Verdade para que produza fatos que
proporcio9nem impacto na opinião pública;
- Na seção de cartas dos leitores da edição de hoje de 'O Globo', Roberto Maciel,
da Salvador (BA) dá um recado bem claro de que como as coisas deveriam ser
conduzidas: "Às vésperas dos 49 anos da Revolução de 64, leio Dilma a
exigir resultados à Comissão da Verdade. Seus membros não apresentam quase nada
porque muito pouco há a apresentar, além de conjecturas, especulações ou
acusações fantasiosas. 'Quero histórias pungentes, que calem o coração da
população', diz ela. Todas já foram contadas sem que se pudesse oferecer
contestação". O leitor da Bahia dá, então, um recado: "Querem levar
militares à CV? Levem a viúva de um sargento da Aeronáutica morto pelas costas
por Theodomiro (um dos protegidos do padre Renzo). Que tal dar-lhe compensações
pela perda do marido e pai, depois de ouvi-la contar o que penou para criar os
filhos? Levem os pais de Mário Kosel Filho,de 18 anos, que servia ao Exército,
e foi feito em pedaços por um caminhão-bomba, em São Paulo. O que querem os
velhos comunistas é continuar sonhando o seu sonho juvenil, mas, para isto,
precisam destruir o último bastião, as Forças Armadas. Perguntem-se, pessoas
esclarecidas, mídia, para onde estão levando o Brasil e quem vai
detê-los";
- Numa outra
ótica sobre o movimento de 1964, o leitor Renato Khair, de São Paulo, dá o seu
recado: “No dia da Mentira – 1º de abril – se completam 49 anos do funesto
golpe militar de 1964, que jogou o Brasil num período de trevas, ditadura militar,
tortura, desaparecidos, fechamento do Congresso Nacional, censura, AI-5, leis
de exceção, um total desrespeito aos direitos humanos e às liberdades públicas
e civis. Até hoje pagamos um alto preço aos 21 anos de ditadura militar
(1964-1985) que assolaram o país”. Diz mais o leitor paulistano: “Lideranças
foram assassinadas e movimentos sociais e populares, dizimados. O país passou a
incorporar uma cultura de autoritarismo e violência institucionais. Há
resquícios da época da ditadura entranhados na sociedade e no Estado
brasileiros. Torturadores e criminosos civis e militares dever ser punidos para
que isso nunca se repita no Brasil”;
- Os dois
lados vão se manifestar na data cada um pelo seu modo de ver. Da mesma forma
democrática que permite aos dois leitores opinarem num mesmo espaço, espera-se
que amanhã os dois grupos possam dizer aquilo que pensam. Seria intolerável,
por exemplo, que se repita o episódio do ano passado, quando jovens militantes
de esquerda chegaram ao ponto de cuspirem no rosto de senhores idosos que saiam
do Clube Militar, no Rio Janeiro, quando tinham exercido e direito
constitucional de se reunirem para, pela ótica deles, comemorar a data, o mesmo
direito que tinham os militantes de esquerda de amaldiçoar o evento de 64. É o
que se espera para amanhã num país que é democrático.
MEUS AGRADECIMENTOS E ABRACO A TODOS QUE CHUTARAM ESSA PUTAIADA EM 64.INFELISMENTE NAO SE FAZ MAIS GENERAIS COMO ANTIGAMENTE.
ResponderExcluirOs militares venceram com iniciativa e apoio logístico do governo dos Estados Unidos.
ResponderExcluirOs vencidos já foram muitos torturados, mortos, outros cumpriram penas e recuperaram direitos, foram votados e eleitos. Não há o que comemorar.
Há muito a lamentar pelos acontecimentos de abril de 64, de dezembro de 68 e anos seguintes.
Página infeliz da nossa História.