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8 de abril de 2013

Proliferação de ministérios só serve para distribuir 'fatias' aos aliados do Governo

  • Em administração é sempre bem vinda a descentralização de serviços, quando mais pessoas podem desenvolver atividades como maior eficiência. No entanto, o que hoje se observa no Governo Federal é uma proliferação de ministérios e secretárias cujos titulares têm status de ministros. Chegamos ao recorde de 39 ministérios, cuja maioria tem por objetivo acomodar integrantes de partidos da ‘base aliada’, tanto em troca de apoio recebido e também para desde já montar esquemas eleitorais para 2014, quando a presidente Dilma Rousseff vai tentar a reeleição. O grande número de ministérios não objetiva descentralizar ações e executar programas em benefício da população, mas sim para montar esquemas meramente políticos;
  • Recordamos que no mandato de José Sarney havia 21 ministérios, que Fernando Collor reduziu para 12. Quando Itamar Franco assumiu o Governo, o que não deveria ter acontecido uma vez que ele havia sido eleito pelo mesmo esquema que levou ao afastamento de Collor, teve que aumentar o número de pastas para 22 para poder ser elevado ao cargo de presidente. Esse número foi praticamente mantido por Fernando Henrique, que criou o Ministério da Defesa e extinguiu, por consequência, as pastas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A partir de Lula e até agora com Dilma, o Brasil chega a 39 ministérios;
  • O que se vê hoje é uma total falta de eficiência no Governo, com ministros assumindo pastas das quais nada entendem. Há ministros que em quase dois anos e meio de mandato nunca despacharam com a presidente da República, só chegando perto de Dilma em uma das poucas reuniões ministeriais realizadas, quando muitos deles ficam a uma distância que mal dá para enxergar Dilma na cabeceira da mesa. Junte-se a essa proliferação de ministérios a óbvia criação de cargos em comissão quase sempre desnecessários a serem distribuídos entre os integrantes dos partidos aquinhoados com as ‘fatias’ do Governo;
  • Enquanto prevalecer esse verdadeiro balcão de negócios entre o Executivo e o Legislativo em troca de apoio político tanto no Congresso como na próxima campanha eleitoral, o País fica assistindo impassivo a essa farta distribuição de cargos que em nada ajudam no desenvolvimento de programas que beneficiem a população, tudo em busca da manutenção de um grupo político no Poder, com uns poucos sendo beneficiados e às custas dos cofres públicos, o que se caracteriza com a sede de alguns partidos em terem em suas mãos ministérios que tenham vultosos recurso financeiros para serem por eles ‘administrados’. Qual seria a razão disso?

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