Proliferação de ministérios só serve para distribuir 'fatias' aos aliados do Governo
- Em
administração é sempre bem vinda a descentralização de serviços, quando mais
pessoas podem desenvolver atividades como maior eficiência. No entanto, o que
hoje se observa no Governo Federal é uma proliferação de ministérios e
secretárias cujos titulares têm status de ministros. Chegamos ao recorde de 39
ministérios, cuja maioria tem por objetivo acomodar integrantes de partidos da ‘base
aliada’, tanto em troca de apoio recebido e também para desde já montar
esquemas eleitorais para 2014, quando a presidente Dilma Rousseff vai tentar a
reeleição. O grande número de ministérios não objetiva descentralizar ações e
executar programas em benefício da população, mas sim para montar esquemas meramente
políticos;
- Recordamos
que no mandato de José Sarney havia 21 ministérios, que Fernando Collor reduziu
para 12. Quando Itamar Franco assumiu o Governo, o que não deveria ter
acontecido uma vez que ele havia sido eleito pelo mesmo esquema que levou ao
afastamento de Collor, teve que aumentar o número de pastas para 22 para poder
ser elevado ao cargo de presidente. Esse número foi praticamente mantido por Fernando
Henrique, que criou o Ministério da Defesa e extinguiu, por consequência, as
pastas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A partir de Lula e até agora
com Dilma, o Brasil chega a 39 ministérios;
- O
que se vê hoje é uma total falta de eficiência no Governo, com ministros
assumindo pastas das quais nada entendem. Há ministros que em quase dois anos e
meio de mandato nunca despacharam com a presidente da República, só chegando
perto de Dilma em uma das poucas reuniões ministeriais realizadas, quando
muitos deles ficam a uma distância que mal dá para enxergar Dilma na cabeceira
da mesa. Junte-se a essa proliferação de ministérios a óbvia criação de cargos
em comissão quase sempre desnecessários a serem distribuídos entre os
integrantes dos partidos aquinhoados com as ‘fatias’ do Governo;
- Enquanto
prevalecer esse verdadeiro balcão de negócios entre o Executivo e o Legislativo
em troca de apoio político tanto no Congresso como na próxima campanha
eleitoral, o País fica assistindo impassivo a essa farta distribuição de cargos
que em nada ajudam no desenvolvimento de programas que beneficiem a população,
tudo em busca da manutenção de um grupo político no Poder, com uns poucos sendo
beneficiados e às custas dos cofres públicos, o que se caracteriza com a sede
de alguns partidos em terem em suas mãos ministérios que tenham vultosos
recurso financeiros para serem por eles ‘administrados’. Qual seria a razão
disso?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não saia do Blog sem deixar seu comentário