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30 de novembro de 2012

'O Maior Golpe na Impunidade'

  • Chamou a atenção dos leitores a edição desta quinta-feira de 'O Globo' utilizando quase toda sua primeira página com a machete 'O Maior Golpe na Impunidade' e um retrato em traço do ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do 'Mensalão' que foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e terminou com a condenação de 25 indiciados, sendo que 13 deles condenados a prisão em regime fechado, com destaque para o ex-ministro José Dirceu, também ex-presidente do PT, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do mesmo partido. Por ironia do destino, 13 é exatamente o número do partido cujos principais integrantes comandaram aquele que é considerado o maior escândalo político do País, no qual milhões de reais, dinheiro proveniente dos cofres públicos, foram utilizados para compra de votos em favor do Governo que tinha como presidente da República o petista Lula;
  • Além da primeira página marcante, "O Globo' também publicou um suplemento especial com 16 páginas dedicadas ao 'Mensalão do PT' intitulado 'Um Julgamento para a História'. Tanto a página inicial como o suplemento do jornal carioca marcam a história do julgamento que pode ser considerado com um duro golpe na impunidade que sempre se viu em casos semelhantes. Chamou a atenção de todos os que acompanharam o julgamento pelo STF o fato de que os ministros do Supremo que condenaram os 25 membros da verdadeira quadrilha que assaltou os cofres públicos era composta por considerável maioria de pessoas indicadas e nomeadas ou pelo ex-presidente ou pela presidente Dilma Rousseff, que certamente pensavam que eles se mostrariam 'agradecidos' por suas indicações ou nomeações, absolvendo aqueles que poderiam ser consideradso como 'companheiros' de quem os fizeram chegar à Corte máxima do Brasil. Se enganaram, porque eles resolveram agir como verdadeiros juízes;
  • No referido suplemento, Joaquim Falcão, professor da Fundação Getúlio Vargas - Direito Rio,  escreveu artigo no qual se destacam dois trechos: "O Brasil viu o Supremo. Sofre-se um pouco, é verdade, mas ficamos democraticamente mais maduros. A opinião pública entrou no julgamento do Supremo. O Supremo entrou na vida da opinião pública. Como toda relação, esta daqui para frente será feita de amor e ódio. Altos e baixos", referindo-se, certamente, ao acompanhamento ao vivo pela TV Justiça. E mais: "Acabou o mensalão. Faltam ainda ajustes sobre a penas, diante de recursos. O que é natural. Agora, podemos até recordar, mas esqueçamos as disputas de Barbosa ou Lewandwski, Fux ou Toffoli. Tenhamos saudade de Ayres Britto. Homenageemos os procuradores e advogados. Ningiuém esteve sozinho por lá. Ninguém se pronunciou sozinho. Foi somente o Supremo sozinho quem decidiu. Isto basta para a democracia".

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