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7 de janeiro de 2012

Integração privilegiar um Estado é provocar mortes nos demais

Não há nenhuma dúvida sobre o uso político e eleitoreiro do Ministério da Integração Nacional, Fernando Bezerra, destinando cerca de 90% dos recursos de sua pasta para prevenção de enchente para seu Estado natal, Pernambuco, além de favorecer o filho, o deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE), com a liberação de emendas parlamentares da pasta. Ele foi o único deputado que teve todo os valores de suas emendas empenhado, ou seja, reservado no Orçamento para pagamento pelo ministério, num total R$ 9 milhões e 100 mil, conseguindo superar 219 colegas que também solicitaram recursos para obras s derem executadas pelo Ministério da Integração. Além do mais, também ficou comprovado que no orçamento da pasta para 2012 Pernambuco também continua sendo o Estado como destinação de maiores recursos que os demais. O ministro, por mera 'coincidência', é pré-candidato a prefeito de Recife pelo PSB. Não bastasse isso, Fernando Bezerra está sendo acusado de nepotismo ao agir para manter o irmão, Clementino Coelho, na presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf);

Levando-se em conta que em 2010, no último ano do mandato de Lula, o então titular daquele ministério, Gedel Vieira, da Bahia, fez a mesma coisa com seu Estado, em detrimento dos demais, cuja população havia sofrido com violentas enchentes em várias de suas cidades, pode-se afirmar que para essa gente cuidar de vidas humanas pouco interessa, principalmente se elas não forem eleitores seus em potencial. Desviam recursos destinados a minorar o sofrimento de muitos para fazer média eleitoreira em seus redutos eleitorais. De que valem os milhares de desabrigados pelas enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro no ano passado e os que ficarão desabrigados pelas chuvas deste ano? Não valem nada. Não são eleitores em Pernambuco. A população dos estados boicotados esquecem que tudo o que Fernando Bezerra faz é do conhecimento da presidente Dilma Rousseff. Afinal, não é ela a grande gerente de seu governo que Lula apresentou ao eleitorado? Agora é hora de pensar se valerá a pena dar a ela a maior votação proporcional do País num possível tentativa de reeleição em 2014 ou a alguém de seu partido.

Um comentário:

  1. Como todos os seus textos, este também está ótimo. Por isso, eu o selecionei para a página "Li, gostei e recomendo" criada no Dando Pitacos. Espero que você goste!

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