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7 de outubro de 2011

Dilma foi 'rebaixada' na discussão sobre a Copa do Mundo de 2014

"Se o presidente da entidade, Joseph Blatter, não pôde ir à reunião na Bélgica, que Walker conversasse com o ministro dos Esportes, Orlando Silva, sobre questões como meia-entrada para idosos e venda de bebidas alcoólicas nos estádios". A afirmação é de Merval Pereira em sua coluna de hoje em 'O Globo' ao comentar os problemas que estão sendo divulgados em relação a possíveis desentendimentos entre a Fifa e o Governo brasileiro. Quando o Brasil foi declarado oficialmente como o país onde seria realizada a Copa do Mundo de 2014, um caderno de encargos estabelecia regras que foram aceitas com o aval do Governo. Sendo assim, desde então sabia-se que diversas medidas deveriam ser tomadas além da construção de estádios, melhoria de aeroportos e dos meios e vias de transportes em geral, aumento da rede hoteleira e investimentos no entorno dos estádios;

Outras coisas diziam respeito a regras da Fifa, que tem envolvimento de milhões de dólares dos quais uma grande parte reverterão para a entidade máxima do futebol no mundo. Se algumas das exigências da Fifa atingem alguns dispositivos legais em vigor, caberia ao Governo, principal avalista da realização do evento no Brasil, negociar com o Congresso Nacional para alteração da legislação alcançada, mesmo que seja por tempo determinado. Se o Brasil, que era candidato único, aceitou as regras da Fifa não pode agora, a menos de mil dias, tentar reverter algumas das exigências por conta de um excessivo pudor legal, com muita gente falando em quebra da soberania nacional? Parece-nos que não. É uma discussão muito pequena sobre meia-entrada e uma cervejinha nas arquibancadas;

Mas a advertência feita por Merval Pereira não pode ser ignorada. Há no Governo um ministro dos Esportes que deve ter atribuições maiores do que comprar tapioca pagando com cartão corporativo. Se é para falar com o 'sub' da Fifa, que seja escalado um 'sub' da presidente Dilma. Para discutir com a presidente da Fifa talvez fosse também tarefa de Orlando Silva, mas como o dirigente máximo do futebol preside uma entidade com mais filiados do que a própria ONU, vá lá que a discussão seja com a presidente da República. Mas os temos foram muito pequenos. Tudo bem que nossa presidente estava em viagem oficial pela Europa (embora alguns achem que sua ida ao Velho Continente foi mesmo particular e sentimental para conhecer a Bulgária, país de nascimento de seu pai. Por tal razão, o encontro com Jerome Walker de uma ideia de 'rebaixamento' de Dilma Rousseff na Copa de 2014.

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