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8 de junho de 2011

Casa 'de Mãe Joana' Civil só faz confusão

O histórico do mais importante ministério do Governo, o da Casa Civil, tem sido bastante confuso nos últimos anos. As confusões começaram com José Dirceu, que hoje responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha. Os fatos complicados começaram a surgir quando um de seus principais assessores, Waldomiro Diniz, foi flagrado pedindo propina ao bicheiro Carlinhos Cachoeira. Depois, quando o ex-deputado Roberto Jefferson denunciou o Mensalão do PT, Zé Dirceu foi apontado como o grande mentor e acabou caindo. Ele era considerado com o uma espécie de 'primeiro-ministro' informal de Lula, pois era quem na realidade governava. Num ato falho, chegou a afirmar em alto e bom som: "O meu governo não rouba nem deixa roubar";

José Dirceu foi substituído por Dilma Rousseff, que da mesma forma que está acontecendo agora também foi considerada como uma solução para uma boa 'gestão' do Governo. Como se recorda, não ficou até hoje bem explicado o episódio com a então diretora da Receita Federal, Lina Vieira, quando Dilma teria solicitado que ela 'agilizasse' um processo de sonegação fiscal de um filho do senador José Sarney. Dilma negou que tenha havido a audiência denunciada pela chefe da Receita. Estranhamente as gravações do serviço de segurança que comprovariam q entrada do carro dele para ir ao gabinete de Dilma se apagaram e Dilma continuou negando  tal encontro. A atual presidente também se envolveu com o caso de um dossiê implicando a ex-primeira dama Ruth Cardoso, que Dilma minimizou dizendo tratar-se apenas de um 'banco de dados';

Saindo do cargo para concorrer à Presidência da República, Dilma Rousseff indicou sua principal auxiliar, Eurenice Guerra, para substituí-la, que acabou saindo do cargo depois de denúncias de atividades pouco republicanas (expressão muito utilizada pelos petistas) envolvendo órgãos do governo, numa prova inconteste de tráfico de influência. Os contratos dos familiares de Eurenice tinham até uma cláusula que dava nomenclatura à propina, que passou a ser intitulada de 'taxa de sucesso'. No caso da família Guerra, a 'taxa de sucesso' era de 6%, menos que a tradicional propina de 10%;

Agora, tivemos o já conhecido episódio com Antônio Palocci, que para manter a 'tradição' da Casa Civil acabou também caindo, após fazer uma 'pós graduação' quando ministro da Fazenda no também conhecido caso do caseiro Francenildo. Notícia recente informa que depois de afastado das atribuições públicas de ministro da Casa Civil, Antônio Palocci confidenciou a pessoas ligadas a ele que tem como plano retomar as atividades como consultor. No período de quarentena legal, ele aproveitará para emagrecer. Segundo a Folha de São Paulo, Palocci irá repetir a dieta que fez em 2006, quando perdeu 15 quilos;

Mas Palocci não vai ter sossego em suas férias, pois os parlamentares do DEM, PSDB, PPS e PSOL querem que ele seja convocado para apresentar explicações sobre sua evolução patrimonial, afirmando que o ministro deixou várias perguntas sem respostas, embora a oposição reconheça que haverá grandes dificuldades para conseguir as 27 assinaturas necessárias para instalar uma CPI no Senado. No entanto, as adesões já ultrapassam mais de 20 assinaturas. É esperar para ver.

Um comentário:

  1. Ele, Palocci, demorou a cair. É um trapalhão. Não sabe lidar com o poder. Tem a corrupção no sangue. Duro é ver o governo fazendo de tudo para mante-lo no cargo. Pior ainda é perceber-se que Lula ainda dá as ordens no Planalto. Pobre Brasil!

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