O histórico do
mais importante ministério do Governo, o da Casa Civil, tem sido bastante
confuso nos últimos anos. As confusões começaram com José Dirceu, que hoje
responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de
quadrilha. Os fatos complicados começaram a surgir quando um de seus principais
assessores, Waldomiro Diniz, foi flagrado pedindo propina ao bicheiro Carlinhos
Cachoeira. Depois, quando o ex-deputado Roberto Jefferson denunciou o Mensalão
do PT, Zé Dirceu foi apontado como o grande mentor e acabou caindo. Ele era
considerado com o uma espécie de 'primeiro-ministro' informal de Lula, pois era
quem na realidade governava. Num ato falho, chegou a afirmar em alto e bom som:
"O meu governo não rouba nem deixa
roubar";
José Dirceu foi
substituído por Dilma Rousseff, que da mesma forma que está acontecendo agora
também foi considerada como uma solução para uma boa 'gestão' do Governo. Como
se recorda, não ficou até hoje bem explicado o episódio com a então diretora da
Receita Federal, Lina Vieira, quando Dilma teria solicitado que ela
'agilizasse' um processo de sonegação fiscal de um filho do senador José
Sarney. Dilma negou que tenha havido a audiência denunciada pela chefe da
Receita. Estranhamente as gravações do serviço de segurança que comprovariam q
entrada do carro dele para ir ao gabinete de Dilma se apagaram e Dilma
continuou negando tal encontro. A atual presidente também se envolveu com
o caso de um dossiê implicando a ex-primeira dama Ruth Cardoso, que Dilma minimizou
dizendo tratar-se apenas de um 'banco de dados';
Saindo do cargo
para concorrer à Presidência da República, Dilma Rousseff indicou sua principal
auxiliar, Eurenice Guerra, para substituí-la, que acabou saindo do cargo depois
de denúncias de atividades pouco republicanas (expressão muito utilizada pelos
petistas) envolvendo órgãos do governo, numa prova inconteste de tráfico de
influência. Os contratos dos familiares de Eurenice tinham até uma cláusula que
dava nomenclatura à propina, que passou a ser intitulada de 'taxa de sucesso'.
No caso da família Guerra, a 'taxa de sucesso' era de 6%, menos que a
tradicional propina de 10%;
Agora, tivemos o
já conhecido episódio com Antônio Palocci, que para manter a 'tradição' da Casa
Civil acabou também caindo, após fazer uma 'pós graduação' quando ministro da
Fazenda no também conhecido caso do caseiro Francenildo. Notícia recente
informa que depois de afastado das atribuições públicas de ministro da Casa
Civil, Antônio Palocci confidenciou a pessoas ligadas a ele que tem como plano
retomar as atividades como consultor. No período de quarentena legal, ele
aproveitará para emagrecer. Segundo a Folha de São Paulo, Palocci irá
repetir a dieta que fez em 2006, quando perdeu 15 quilos;
Mas Palocci não
vai ter sossego em suas férias, pois os parlamentares do DEM, PSDB, PPS e PSOL
querem que ele seja convocado para apresentar explicações sobre sua evolução
patrimonial, afirmando que o ministro deixou várias perguntas sem respostas,
embora a oposição reconheça que haverá grandes dificuldades para conseguir as
27 assinaturas necessárias para instalar uma CPI no Senado. No entanto, as
adesões já ultrapassam mais de 20 assinaturas. É esperar para ver.
Ele, Palocci, demorou a cair. É um trapalhão. Não sabe lidar com o poder. Tem a corrupção no sangue. Duro é ver o governo fazendo de tudo para mante-lo no cargo. Pior ainda é perceber-se que Lula ainda dá as ordens no Planalto. Pobre Brasil!
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