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12 de novembro de 2009

Apagão é caso encerrado, Dilma?

Depois do sumiço de ontem, a toda-poderosa ministra Dilma Rousseff apareceu numa solenidade na qual o Governo anunciava a redução dos índices de desmatamento na Amazônia. A chefe da Casa Civil acabou falando sobre o apagão que atingiu 18 Estados, além do Distrito Federal na noite da última terça-feira. Ela afirmou tratar-se de um “caso encerrado”. Dilma seguiu o mesmo discurso de seu colega Edison Lobão, das Minas e Energia, que também afirmara que o episódio era algo já superado. A candidata de Lula também confirmou as explicações oficiais da véspera, segundo as quais as causas do apagão eram climáticas, declarando: "O que aconteceu é que o sistema foi submetido a uma situação muito grave de ventos, raios e chuvas”;


Num primeiro momento Lula fez questão de relembrar o apagão de 2001, procurando fazer comparações entre o seu governo e o de Fernando Henrique. Nesse caso, Dilma Rousseff aparentemente jogou contra o Presidente, ao afirmar: “Não se pode politizar uma coisa tão séria para o país, não se faz isso, não é republicano. Não vou comentar, vou responder tecnicamente". Mas acabou politizando o assunto quando disse o que Lula havia dito na véspera: "É absolutamente inequívoco que o Brasil de hoje é completamente diferente do Brasil que sofreu oito meses de racionamento”. Ela acabou trazendo o apagão de FHC para fazer comparações;


Ficou ruim para as explicações a nota emitida pelo instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, segundo a qual embora houvesse uma tempestade na região próxima a Itaberá, com atividade de raios no horário do apagão, as descargas mais próximas do sistema elétrico estavam a aproximadamente 30 km da subestação, e que cerca de 10 quilômetros distantes de uma das quatros linhas de Furnas, de 750 kV, e a 2 km de uma das outras linhas, de 600 kV, que saem de Itaipu em direção a São Paulo;


Diversos técnicos da área de energia elétrica foram ouvidos e a quase totalidade deles foram enfáticos ao afirmarem que os níveis de raios caídos naquela área apontada pelo ministro Lobão não tinham níveis para provocar o desligamento das linhas de transmissão, bem como que os equipamentos não eram suscetíveis a sofrer qualquer abalo com aqueles raios. Vê-se, portanto, que ao contrário do que disseram Lobão e Dilma, parece que o caso não está ainda encerrado.

Um comentário:

  1. Meu caro Airton : Esta história do apagão é a repetição de todos os outros acontecimentos negativos neste desgoverno comunista.Quando algo raramente dá certo Lula diz que fez ,que pensou etc.Quando dá errado ,a culpa é do governo anterior ,pois êle não admite seus erros e tambem não sabe como corrigi-los pois lhe falta capacidade e humildade.
    Abraços

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