Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula, viajou de São Paulo a Brasília de carona num avião da FAB (Força Aérea Brasileira) em 9 de outubro, acompanhado de 15 acompanhantes. Eles teriam de gastar no mínimo R$ 15.098, ao todo, para fazer o mesmo trajeto caso tivessem viajado de primeira classe pela TAM, e na Gol, pagariam R$ 7.658 na classe econômica. Lulinha e seus amigos viajaram com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na aeronave oficial conhecida como Sucatinha, um Boeing 737;
Uma nova ordem ao comandante informou que os passageiros embarcariam no aeroporto de Congonhas. Para que o avião ficasse mais leve e novamente obter condições de pouso, foi necessário queimar cerca de
Como era de se esperar, líderes da oposição cobraram ontem do Governo e do presidente Lula explicações sobre o uso de um avião da FAB. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que aguarda do Governo um desmentido sobre a denúncia, pois disse não acreditar que seja algo próprio de acontecer numa democracia. “Estou esperando um desmentido enérgico. Isso acontecia no Haiti do (ditador) Baby Doc. Não numa democracia madura como a gente imagina que seja a brasileira”.
A Presidência da República reafirmou ontem que os passageiros foram convidados pelo presidente Lula e que não divulgará a lista dos nomes. E disse que o avião já estava em Congonhas, não retornou de Brasília e/ou de Guarulhos. Estranha foi a nota assinada pela Secretaria de Imprensa da Presidência, que reafirmou: "Os passageiros que embarcaram com o presidente do Banco Central em Congonhas foram convidados pelo presidente. O presidente da República pode convidar pessoas para se encontrar com ele e oferecer transporte pelas aeronaves que servem à Presidência. Para isso, recomenda que sempre sejam aproveitados voos de deslocamentos já previstos para transporte de autoridades do governo";
O líder do PSDB lamentou que no Brasil tenha se criado o mito de que ninguém pode criticar atitudes de um presidente que tem 80% de popularidade porque corre-se o risco de perder a eleição. “Estou pronto para perder a eleição, porque não dá para achar normal o filho do rei mandar o avião voltar. Está se criando um clima em que o pecado mais fundamental é alguém dizer qualquer coisa que contrarie a orientação fundamental que vem do Palácio porque o presidente tem 80%”, disse Virgílio;
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