Mais uma vez sugiro a
leitura de artigo da jornalista Ruth de Aquino, publicado nesta semana na
revista 'Época':
Como
o governo Dilma anunciou estrepitosamente os programas Mais Médicos e Mais
Professores para resolver nossas sérias deficiências na Saúde e na Educação,
deixo aqui minha contribuição para o PT ganhar votos nas eleições: um programa
ambicioso, apoiado em quatro vertentes – Menos Ministros, Menos Senadores,
Menos Deputados, Menos Vereadores. Todos agrupados sob uma mesma sigla: MP, de
Menos Políticos.
Com esse corte nos
supérfluos (os políticos), o Brasil economizaria grana para comprar gaze, maca,
termômetro... e também carteiras escolares, quadro-negro, giz... essas coisas
sofisticadas que só faltam no Quinto Mundo – no interior e na periferia do
Brasil. Também daria para pagar melhor os médicos e os professores, que ganham
bem menos que o garçom do Senado.
Se fôssemos além e acabássemos com a roubalheira e as
mordomias vitalícias dos políticos (e seus parentes), a verba seria tão
volumosa que conseguiríamos salvar milhares de pacientes que morrem nas filas.
Fila de leito de UTI, fila de remédio, fila de hospital, fila de transferência,
fila de ambulância. Acabaríamos com as filas obscenas de pessoas à beira da
morte. Não seria uma excelente medida eleitoreira, para figurar na propaganda
político-partidária na televisão?
Com o programa Menos Políticos – já que o país funciona muito bem nas férias e nos recessos do Congresso –, nem precisaríamos fazer a maldade de retirar de nossos hermanos 4 mil médicos. Será que não farão falta na ilha? Os médicos importados pelo Brasil são todos ligados ao governo eterno dos irmãos Castro. Somente os socialistas empedernidos têm autorização para vir trabalhar no Brasil. Caso contrário, esse programa poderia se revelar um fiasco.
No ano passado, Cuba registrou o maior êxodo de cidadãos desde 1994: quase 47 mil cubanos deixaram a ilha em 2012. Imagine se alguns desses médicos importados agora resolvem pedir asilo ao governo Dilma. Terão a mesma sorte dos dois jovens boxeadores cubanos nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. Não queriam voltar para Cuba, foram acusados por Fidel de “traição à pátria”, e Lula se livrou deles rapidinho. Deram o azar de não ser italianos. O Brasil abre portas e fundos a refugiados africanos que aproveitaram a Jornada Mundial da Juventude para aqui ficar. Mas os cubanos serão sempre mandados de volta.
Os 4 mil médicos cubanos que devem chegar ao Brasil até o fim do ano atenderão pacientes em lugares chinfrins, sem mojito e sem qualquer infraestrutura, rejeitados por médicos brasileiros. A iniciativa em si é louvável: colocar médicos para atender populações totalmente desassistidas em 701 cidades do Norte e Nordeste brasileiros.
Não gosto da histeria que produz argumentos burros e demolidos facilmente. Alguns argumentos derivam do corporativismo: “Não queremos médicos estrangeiros”. Não dá, não é? Outra alegação ridícula: “Ah, eles não falam português”. Como se médicos não pudessem atender pacientes a não ser que falassem o mesmo idioma. Ainda mais se tratando de espanhol. Eles não são russos nem chineses, são cubanos. Revalidar o diploma é importante, embora a gente saiba que há muito médico brasileiro com diploma e sem competência para exercer a profissão.
Os problemas reais são outros. O principal é que, por melhores e mais profissionais que sejam esses médicos cubanos, a presença deles não muda em nada nosso caos cotidiano na Saúde. Sem os apetrechos básicos, sem ambulâncias, sem leitos, sem remédios e sem condições de realizar exames ou de transferir doentes, o médico de Fidel se perguntará em que roubada os dois governos o meteram. E nada acontecerá, porque ele aprendeu a ser bem-comportado. Não denunciará o governo Dilma nem sairá em passeata, porque no país dele isso dá cadeia.
O outro problema entra nos campos trabalhista e moral. O Ministério Público já começou a investigar essa transação esquisita de profissionais da Saúde. Ouvimos que Cuba exporta médicos para dezenas de países e que se trata de um sistema corriqueiro, oficial e nada clandestino. Ok. Mas a transação é esquisita, porque os médicos cubanos ganharão no fim das contas uma merreca.
A coisa funciona assim: os salários deles saem do nosso bolso em forma de impostos, passam pelo Palácio do Planalto em Brasília e acabam no Palácio da Revolução em Havana. O Brasil pagará por médico “uma bolsa mensal de R$ 10 mil”. O grosso será embolsado pela ditadura morena cubana. Os médicos enviados à Venezuela no mesmo esquema recebem cerca de R$ 550. Em Cuba, um médico ganha entre R$ 60 e R$ 100 por mês. Quanto ganhará no Brasil? Se essa exploração não é ilegal pelos padrões de Dilma e dos irmãos Castro, deveria ser imoral. O que é isso, companheiros?
Com o programa Menos Políticos – já que o país funciona muito bem nas férias e nos recessos do Congresso –, nem precisaríamos fazer a maldade de retirar de nossos hermanos 4 mil médicos. Será que não farão falta na ilha? Os médicos importados pelo Brasil são todos ligados ao governo eterno dos irmãos Castro. Somente os socialistas empedernidos têm autorização para vir trabalhar no Brasil. Caso contrário, esse programa poderia se revelar um fiasco.
No ano passado, Cuba registrou o maior êxodo de cidadãos desde 1994: quase 47 mil cubanos deixaram a ilha em 2012. Imagine se alguns desses médicos importados agora resolvem pedir asilo ao governo Dilma. Terão a mesma sorte dos dois jovens boxeadores cubanos nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. Não queriam voltar para Cuba, foram acusados por Fidel de “traição à pátria”, e Lula se livrou deles rapidinho. Deram o azar de não ser italianos. O Brasil abre portas e fundos a refugiados africanos que aproveitaram a Jornada Mundial da Juventude para aqui ficar. Mas os cubanos serão sempre mandados de volta.
Os 4 mil médicos cubanos que devem chegar ao Brasil até o fim do ano atenderão pacientes em lugares chinfrins, sem mojito e sem qualquer infraestrutura, rejeitados por médicos brasileiros. A iniciativa em si é louvável: colocar médicos para atender populações totalmente desassistidas em 701 cidades do Norte e Nordeste brasileiros.
Não gosto da histeria que produz argumentos burros e demolidos facilmente. Alguns argumentos derivam do corporativismo: “Não queremos médicos estrangeiros”. Não dá, não é? Outra alegação ridícula: “Ah, eles não falam português”. Como se médicos não pudessem atender pacientes a não ser que falassem o mesmo idioma. Ainda mais se tratando de espanhol. Eles não são russos nem chineses, são cubanos. Revalidar o diploma é importante, embora a gente saiba que há muito médico brasileiro com diploma e sem competência para exercer a profissão.
Os problemas reais são outros. O principal é que, por melhores e mais profissionais que sejam esses médicos cubanos, a presença deles não muda em nada nosso caos cotidiano na Saúde. Sem os apetrechos básicos, sem ambulâncias, sem leitos, sem remédios e sem condições de realizar exames ou de transferir doentes, o médico de Fidel se perguntará em que roubada os dois governos o meteram. E nada acontecerá, porque ele aprendeu a ser bem-comportado. Não denunciará o governo Dilma nem sairá em passeata, porque no país dele isso dá cadeia.
O outro problema entra nos campos trabalhista e moral. O Ministério Público já começou a investigar essa transação esquisita de profissionais da Saúde. Ouvimos que Cuba exporta médicos para dezenas de países e que se trata de um sistema corriqueiro, oficial e nada clandestino. Ok. Mas a transação é esquisita, porque os médicos cubanos ganharão no fim das contas uma merreca.
A coisa funciona assim: os salários deles saem do nosso bolso em forma de impostos, passam pelo Palácio do Planalto em Brasília e acabam no Palácio da Revolução em Havana. O Brasil pagará por médico “uma bolsa mensal de R$ 10 mil”. O grosso será embolsado pela ditadura morena cubana. Os médicos enviados à Venezuela no mesmo esquema recebem cerca de R$ 550. Em Cuba, um médico ganha entre R$ 60 e R$ 100 por mês. Quanto ganhará no Brasil? Se essa exploração não é ilegal pelos padrões de Dilma e dos irmãos Castro, deveria ser imoral. O que é isso, companheiros?
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