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16 de agosto de 2013

Barbosa trava Lewandowski, que quer salvar petistas mensaleiros

O que mais se falava em relação ao reinício do julgamento do 'Mensalão do PT' era sobre qual seria a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação aos embargos interpostos pelos advogados dos 25 réus já condenados. Os embargos de declaração pretendiam mostrar aos ministros que algumas falhas na sentenças poderiam ser modificadas, enquanto os embargos infringentes teriam por objetivos até a mudança de sentenças, beneficiando alguns condenados de elevado teor político, com alguns deles podendo até ficar livre de cadeia. Por trás de tudo isso estava também o interesse de ver o ministro Joaquim Barbosa afastado da condição de relator da famosa Ação Penal nº 470. Tudo, no final das contas, objetivando beneficiar em especial o ex-ministro da Casa Civil do ex-presidente Lula e principal articulador do 'Mensalão do PT';

Havia também um outra curiosidade que a participação de dois novos ministros ─ Teori Zavascki e Roberto Barroso, foram recentemente nomeados pela presidente Dilma ─, que não haviam participado do julgamento mas que agora teriam que se pronunciar. O ministro Joaquim Barbosa chegou a inverter a pauta por que ministro Zavascki não poderia participar da sessão desta quarta-feira em virtude do falecimento de sua mulher. Em face de posições anteriormente demonstradas, os novos membros do STF eram motivo de curiosidade no meio jurídico. No entanto, na avaliação dos três primeiros embargos os novatos e os veteranos acompanharam o relator e rejeitaram os argumentos dos advogados, a começar pelo ex-deputado Roberto Jefferson, que na condição de delator queria se beneficiar dessa condição, buscando até ser absolvido;

Quando tudo caminhava para mais um rejeição total de recurso do ex-deputado Bispo Rodrigues, o já famoso ministro 'petista' Ricardo Lewandowski levanta uma preliminar que de acordo com os atentos observadores que tem muito a ver com as defesas do ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Foi quando Joaquim Barbosa acusou seu colega de estar patrocinando uma 'chicana'. Se o antigo revisor do processo se ofendeu e exigiu retratação, deve ser porque o presidente do STF o atingiu em cheio. A grande verdade é que o ministro 'petista' está bastante preocupado com a possível rejeição de todos os embargos, algo que atingirá o PT de qualquer forma. Se os 'figurões' petistas tiverem suas penas confirmadas, sujam a imagem do partido; se houver algum tipo de afrouxamento para eles, o PT também paga pela atuação do ilustre 'defensor público dos mensaleiros;

Seja o que for, tudo acontece em prejuízo do partido de presidente Dilma, e, consequentemente, de sua candidatura à reeleição no ano que vem. Mesmo recuperando alguns pontos percentuais na aprovação de  seu governo, a presidente tem hoje contra si a expectativa de que o somatório dos demais postulantes ao cargo de presidente da República representam um percentual total superior ao seu, levando a decisão de sua sucessão para um segundo turno, e com uma preocupação a mais: o povo consultado tem demonstrado querer continuar com uma mulher no comando do País, mas o nome é outro, ou seja, Marina Silva.

Um comentário:

  1. Olá, gostei do blog

    Te interessa uma parceria, para que possamos adicioná-los aos favoritos e também fazer o mesmo com o Transparência Política?

    Abraço
    http://transparenciapolitica.blogspot.com.br/

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