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27 de agosto de 2013

Médicos de Cuba têm muita experiência em cuidar de pessoas carentes

Está existindo algum exagero nas críticas relacionadas à chegada de profissionais estrangeiros para participarem do programa Mais Médicos lançado pelo Governo brasileiro destinado tentar solucionar a falta de assistência médica nas regiões mais carentes desse serviço, principalmente locais bem afastados dos grande centros. Ao lançar o programa, pouquíssimos médicos brasileiros se habilitaram, daí ter sido oferecida a oportunidade para participação de médicos de outros países. Anteriormente. o Ministério da Saúde havia anunciado que faria a contratação de 6 mil médicos cubanos para a implantação do Mais Médicos, o que provocou manifestações contrárias de algumas entidades representativas da classe, numa clara demonstração de corporativismo. Agora, com poucos brasileiros aderindo ao programa, o Governo anunciou a vinda agora de 4 mil médicos de Cuba, que já começaram a chegar ao Brasil;

Algumas manifestações contrárias à contratação de estrangeiros chegam às rais do ridículo, aparecendo até quem afirme estar acontecendo uma 'invasão' de cubanos para implantação do regime comunista no Brasil. Menos, gente. Não é nada disso! Em primeiro lugar, não há motivo para se contestar sem provas a qualidade dos médicos cubanos, pois muitos deles há tempos vêm sendo contratados por outros países até da Europa, com o mesmo objetivo. Até por causa das péssimas condições de vida da maioria da população cubana ─ não dá para entender até hoje por qual razão os 'companheiros' daqui têm tanta paixão pelo sistema político cubano ─, os médicos de lá têm ampla experiência no atendimento e tratamento de pessoas nas mesmas condições que ser por eles assistidas;

O questionamento que deve ser feito é sobre a condição legal dos cubanos, e dos demais estrangeiros também, sob o ponto de vista legal para o exercício da importante profissão para a qual está sendo contratado. A legislação brasileira exige para qualquer profissional formado no exterior a convalidação de seu diploma para que possa exercer sua profissão. Então, não há motivo para exatamente os cubanos serem dispensados dessa exigência, pois mais que o Governo petista tenha afinidade ideológica com Cuba. O que exigido para todos, tem que ser mesmo para todos. Por tal motivo, o prefeito de uma cidade acabou de baixar decreto, baseando-se nas leis em vigor, proibindo que qualquer médico estrangeiro trabalhe naquele município sem que esteja munido de documento que o habilite para tal;

Agora, uma ponderação. Se cada médico cubano vai custar R$ 10 mil por mês, por que não oferecer um salário de igual valor aos brasileiros? Certamente muitos dos que não se inscreveram aceitariam sair da 'beira da praia' para trabalhar no interior do Brasil. Sem esse tipo de incentivo, preferem ficar nos grandes centros complementando sue ganhos com as migalhas de R$ 40,00 pagas por consulta pelos planos de saúde aos quais sejam vinculados. Quanto ao mais, é de se esperar que o Governo brasileiro, além de mandar os cubanos e demais estrangeiros para as periferias também dê a eles condições minimas de trabalho, algo que hoje verdadeiramente não acontece.

Um comentário:

  1. Há um conceito errado em seu artigo muito repetido por aí.
    O médico ganha só R$40,00 por consulta em um plano de saúde. Consulto vários médicos e vejo , em média, 20 minutos uma consulta. Bem, são R$120 por hora, oito horas trabalhadas dá R$960,00 por dia.
    Se trabalhar 20 dias no mês dá R$19,200/mês. Isto é pouco?

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