Um ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e uma ex-ministra. Ellen Gracie, fizeram
declarações bem diferentes sobre a proximidade da volta à pauta do Supremo da Ação
Penal 470, que trata do julgamento do ‘Mensalão do PT’. Não chegam a ser
conflitantes os pronunciamentos dos dois juristas, mas ambas estão sendo motivo
de bastantes discussões entre advogados e magistrados. De acordo com Gilmar
Mendes, o STF não tem que ouvir a voz das ruas que nas recentes manifestações
exigiram a imediata prisão dos réus condenados a essa pena. Ele afirmou
claramente que não ouvirá a voz daqueles que pediram durante as manifestações a
imediata prisão, por exemplo, de José Dirceu e dos deputados condenados que
ainda estão no exercício de seus mandatos;
O ministro Gilmar Mendes
parece que está desafiando a maioria da população, que pesquisas apontaram um
índice superior a 80% querendo a prisão imediata dos mensaleiros condenados.
Ele está dando a entender que vai julgar os tais embargos infringentes por uma ótica
meramente técnica, algo que poderá provocar redução de penas e até mesmo
absolvição de alguns mensaleiros. Se alguma coisa assim acontecer, Gilmar pode
ter certeza de que manifestações vão acontecer na porta do Supremo, isso porque
o povo já demonstrou estar bastante irritado e não vai aceitar mais cinismo e
filigranas jurídicas para adiar a finalização do julgamento do ‘Mensalão do PT’;
Já a ex-ministra Ellen
Gracie publicou artigo dizendo que a figura de embargos infringentes é algo que
não existe mais, afirmando: “Os embargos infringentes, por meio dos
quais se pretende o rejulgamento da Ação Penal nº 470, são letra morta do
Regimento Interno do Supremo”. Sabe-se que já há uma tendência entre os
ministros de STF de que sejam rejeitados os embargos. Esse fato foi revelado
por um ministro de ampla tendência petista, Antonio Dias Toffolli, o que por si
só dá a entender que a partir do próximo dia 14 começa a ‘assar a batata’
daqueles que entre outras jogadas pretendem tirar o ministro Joaquim Barbosa da
relatoria do processo. Vão ‘cair do cavalo’, com certeza.
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