Em 7 de fevereiro de 2010 transcrevemos aqui no Blog
uma notícia dando conta de que o então
presidente Lula estava promovendo um perdão de dívidas de Cuba, Gabão, Bolívia,
Nicarágua, Cabo Verde e Moçambique, num total de cerca de R$ 1 bilhão, motivo
de muitos protestos, na época. Posteriormente, em 6 de junho deste ano,
outra postagem aqui criticava o perdão de dívida de países africanos promovido
pela presidente Dilma, destacando o fato de que ‘coincidentemente’
havia dirigentes de países beneficiados com o ‘pacote de bondades’ que eram
ditadores (Teodoro Obiang, há 34 anos, ditador de Guiné Equatorial e Omar
Al-Bashir, presidente do Sudão há 24 anos);
No que se refere ao perdão patrocinado por Dilma
Rousseff, destaca-se que 'coincidentemente', o ex-presidente Lula
funciona como lobista de empresas brasileiras para que as mesmas sejam
contratadas pelos países beneficiados com a 'bondade', para realização de
grandes obras pagas pelos governos locais. Também, por pura 'coincidência',
essas empresas foram doadoras de polpudas quantias para as campanhas de Dilma
em 2010 e nas de candidatos governistas a prefeito no ano passado, ficando bem
claro que por conta dos ganhos nos países africanos as doações milionárias
estarão garantidas para a campanha de tentativa de reeleição de Dilma no ano
que vem;
O assunto voltou agora à mídia, porque depois de o
Senado ter aprovado e promulgado o perdão das dívidas da República do Congo,
Sudão e Gabão, tramita naquela Casa a solicitação do Governo para aprovação da
liquidação dos débitos da Zâmbia, Tanzânia, Costa do Marfim e República
Democrática do Congo. As matérias publicadas nesta semana destacam o fato de
que o perdão de dívidas é para países pobres da África, mas que têm ditadores
como Teodoro Obiang, de Guiné Equatorial, com mania de colecionar carros de
luxo, pois é dono de uma frota de 32 deles, das marcas Ferrari, Rolls-Royce,
Bentley e Mercedes, entre outras, além de ter comprado um apartamento no Rio de
Janeiro avaliado em R$ 80 milhões, e Omar Al-Bashir, do Sudão, com um histórico
de desvio de US$ 9 bilhões dos cofres de seu país para contas no exterior, quase
todos os dirigentes, além deles próprios, têm familiares respondendo a
processos em países da Europa e nos Estados Unidos por roubo, desvio de
dinheiro público, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e até genocídio;
É mesmo de se estranhar essa febre por
perdoar dívidas até de países ricos, enquanto no Brasil aumento dos aposentados é
vetado, não há verbas para a Escola Pública, Saúde Pública e para Segurança
Pública, com o agravante de que doentes agonizam por falta de atendimento em
hospitais. Convém que o povo saiba que senadores da oposição estão se
mobilizando para obstruir o quanto for possível a aprovação dos pedidos de
anistia que ainda tramitam no Senado, uma vez que o valor total das dívidas dos
sete países africanos que o Governo quer anistiar é de US$ 787 milhões, cerca
de R$ 1 bilhão e 800 milhões, valor que
teriam melhor aplicação nas carências tão reclamadas nas manifestações de rua
que aconteceram em junho passado, o que certamente será objeto da manifestação
que está sendo convocada para o dia 7 de setembro. Além disso, a resposta está programada para o dia 5 de outubro de 2014.
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