-

14 de janeiro de 2012

Se tocarem sirenes nas enchentes do RJ, corram que vai chover!

  • Pior do que o ministro da Integração, Fernando Bezerra, destinar 90% das verbas para obras de prevenção às enchentes para seu Estado e base política, Pernambuco, atitude que parece ter o aval da presidente Dilma Rousseff, certamente foram outras omissões em relação a outros estados, em especial as de que foram vítimas as cidades da Região Serrana do Rio de Janeiro, destacando-se Nova Friburgo e Teresópolis. Não se nega o direito dos pernambucanos vítimas também das chuvas terem direito a ajuda, mas se antes houve desvios privilegiados para favorecer outro ministro, mais precisamente seu Estado reduto político, a Bahia.Os recursos deveriam ter chegado a Pernambuco muito antes e não agora, deixando as cidades do Rio de Janeiro sem socorro;
  • Os governantes prometeram construir milhares de casas para aqueles que ficaram desabrigados por causa das enchentes do ano passado. Prometeram também reconstruir 75 pontes danificadas, mas só fizeram uma, que ainda não está totalmente concluída. As pontes serviam para as pessoas poderem se movimentar normalmente, além de ser via importante para escoamento da produção daqueles locais, em sua maioria compostas de hortifrutigranjeiros. Obras em encostas, somente algumas poucas. Das 170 que são necessárias, apenas 8 foram feitas;
  • Já o governador do Rio de Janeiro, o 'parisiense' Sérgio Cabral, anunciou a implantação de um moderno sistema de monitoramento e prevenção de catástrofes provenientes das chuvas, com sirenes nas áreas de risco, que darão alertas quando houver a possibilidade de precipitações pluviométricas - muito bonito este termo - que possam causar deslizamento de encostas e consequentes desabamentos das casas. É isso mesmo. Providenciar a retirada das pessoas que moram naqueles locais? Nada foi feito para isso. A tradução é: 'se vier chuva forte, corra daí para não morrer, procure abrigo e volte depois que o local secar'. É certo que o povo a cada perspectiva de chuvas fortes não quer ouvir sirenes para poder fugir, nem prefere morar em locais onde não haja risco de perder tudo que tem e principalmente com a possibilidade de morrer, juntamente com seus familiares;
  • É lógico que o grande volume de verbas liberadas para um determinado Estado para favorecer eleitoralmente um ministro e seus familiares políticos provoca a morte de pessoas cujas cidades não receberam nenhum tipo de ajuda. No entanto, as cidades da Região  Serrana não poderiam ser deixadas de lado, da mesma forma que minha cidade natal (Palmares, em Pernambuco), grandemente castigada pelas chuvas em 2010. Depois de dois ministros da Integração que usaram verbas para fazer 'jogada para a arquibancada' destinadas aos eleitores de seus estados, é de se esperar que a presidente Dilma Rousseff, dispensando ou não Fernando Pimentel da pasta, faça com que aquele ministério seja realmente um órgão de integração nacional, tratando de modo igual todas as unidades da Federação, de acordo com suas necessidades, integrando-se também com outros ministérios para solucionar os problemas, sem conotação política mas sim pensando no bem estar da população.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não saia do Blog sem deixar seu comentário