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21 de maio de 2018

Quando o dinheiro público será levado a sério?

Ao longo de décadas, uma rotina adotada pelos governantes é a nomeação de pessoas despreparadas para cargos que deveriam ser exercidos por técnicos experientes da respectiva área. Mas, o que prevalece é a indicação política. A administração pública é fatiada entre os partidos políticos que dão apoio parlamentar o chefe do Executivo. Quase sempre o indicado ocupa o cargo para cuidar dos interesses do seu "padrinho" e não dos que se beneficiam das atividades do órgão. Um caso recente dá uma mostra deste critério. O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Francisco Lopes, foi exonerado na semana passada por suspeita de corrupção. Ele contratou sem licitação uma empresa de informática para desenvolver softwares para o instituto pela "módica" importância de R$ 8 milhões e 800 mil. Mesmo advertido pelos técnicos do INSS sobre a inutilidade da contratação, ele insistiu e o dinheiro foi utilizado para fins nada republicanos. Enquanto isso, os serviços da Previdência não saem da mídia pelo péssima qualidade dos mesmos. A indicação do presidente demitido era da cota do PSC. Mas podemos perder as esperanças de que o episódio sirva para alguma mudança no critério de nomeação. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, anunciou que caberá ao mesmo partido ter o direito de indicar o substituto do presidente flagrado metendo a mão no dinheiro da Previdência.

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