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30 de maio de 2018

O voto impresso é uma garantia para o eleitor

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que a adoção do voto impresso é um retrocesso, que o sistema eletrônico é um avanço da democracia e que ele garante o direito ao sigilo do voto. Raquel Dodge tem chamado a atenção por atitudes que tem tomado, surpreendendo muito gente que achava que ela tivesse a iniciativa. Mas nesta, ele deu uma escorregada. Desde que a urna eletrônica foi implantada, o voto deixou de ser secreto. Quando chega a vez de uma pessoa votar, o mesário digita o número do título de eleitor num equipamento conectado à urna. Ele se dirige à cabine para votar. A partir daí basta algum componente da mesa seja especializada em Tecnologia da Informação (TI), que poderá ter acesso ao equipamento para saber em quem o eleitor votou. O correto é o eleitor receber um comprovante com a cópia de seus votos, da mesma forma que retira um pedaço de papel com seu extrato bancário num caixa eletrônico, sem que isso caracterize quebra de sigilo bancário. Também uma cópia seria depositada num recipiente da urna que poderia ser usado no caso de uma possível recontagem. Nesta, a procuradora-geral foi mal na sua argumentação.

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