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28 de maio de 2018

Intervenção militar não é ditadura militar

Nos últimos dias muita gente tem pedido para haver uma intervenção militar no Brasil, principalmente por causa da crise econômica que corrói o bolso dos cidadãos, além da total falta de segurança que tem provocado a morte de muita gente. Conhecendo a história dos atos violentos ocorridos durante os governos militares, quando muitos casos de desaparecimento daqueles que eram contrários ao regime - eles eram chamados de "subversivos" - foram registrados, e até hoje muitos familiares não puderam sepultar seus entes queridos que foram executados entre 1964 e 1985. Quando o povo foi às ruas, na famosa "Marcha dos 100 mil", os militares depuseram o presidente João Goulart, assumindo a Presidência da República o marechal Castelo Branco, que pretendia convocar eleições para 1966, depois de reorganizar o país. Era esta a forma correta de intervenção. No entanto, os generais que o sucederam gostaram do poder e o tomaram por mais de 20 anos. O Brasil hoje, em elevado número de sua população, está totalmente descrente e revoltado com os políticos, com justas razões, e não vê outra solução que possa mudar o quadro atual, pois tudo dependeria dos políticos que não têm nenhum interesse em mudar nada para que possam continuar praticando os atos que hoje lhe beneficiam. A grande dúvida é saber como pensam os militares atuais. Seriam eles diferentes dos daquele tempo? Na dúvida, o melhor é termos bastante cuidado na hora de apertar a tecla verde "Confirmar" da urna eletrônica nas eleições de outubro. A mudança depende de cada um de nós.

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