Como é do conhecimento geral, Lula por várias vezes se comparou a Mahatma Gandhi e Nelson Mandela, mas quando eles foram presos - e não foi por condenação por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro - não espernearam como fez agora o líder maior do PT. Além de desobedecer a uma ordem judicial, Lula ficou trancado numa trincheira no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, cercado de parlamentares e dirigentes sindicais, entre outros, com o objetivo de impedir a prisão dele. Então, foi armado um circo na luxuosa sede do sindicato. Teve de tudo, desde missa pelo aniversário da falecida mulher de Lula, lançamento de candidaturas, tanto para a Presidência da República como a diversos outros cargos, incentivo à violência e show de alguns artistas. Enquanto Lula dava uma de valentão dizendo que não iria se entregar, seus advogados negociavam a forma como ele iria ser conduzido até Curitiba para ir para o xadrez, enganando seus fiéis seguidores. Após o juiz Sérgio Moro dar um prazo de meia-hora para Lula se apresentar, a senadora Gleisi Hoffmann, que incitava a violência, baixou a bola e passou a implorar que a militância não resistisse mais, até que Lula se entregou como um manso cordeirinho e embarcou para ficar bem perto do juiz responsável pela "Operação Lava-Jato". Mas a verdade é que Lula e sua turma afrontaram a Justiça, algo inaceitável. É aconselhável que outros políticos não tentem imitar o ex-presidente, porque o tratamento não será o mesmo que Moro deu a Lula, porque nenhum deles terá privilégios por causa da dignidade de cargos que exerçam ou tenham exercido.
Comentários sobre política e outros temas polêmicos por Airton Leitão
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