- Cândido José de Araújo Viana, o Marquês de Sapucaí,
não é um mero homenageado com nome em uma rua do Rio de Janeiro, onde não por
acaso está a Passarela do Samba, por onde desfilam as mais famosas escolas de samba
do Brasil, no tradicional desfile de domingo e segunda-feira de carnaval,
atraindo gente de várias partes do mundo, além de uma audiência enorme pela
transmissão ao vivo pela televisão. O Marquês de Sapucaí foi um ilustre senador
no tempo do Império, representando Minas Gerais no Senado Federal da 4ª à 15ª
legislatura. Foram 'somente' dez mandatos consecutivos. Só por esse nome dá
para se ver o quanto aquela Casa Legislativa era importante no contexto
político do País. Ainda na área do samba, vemos que a Estação Primeira de
Mangueira fica na Rua Visconde de Niterói, que foi outro senador, representante
do Rio de Janeiro, da 14ª à 18ª legislatura, ou seja, por cinco mandatos
seguidos. Isabel de Bragança e Bourbon também foi senadora da 14ª à 20ª legislatura
(sete mandatos), e era simplesmente a Princesa Isabel;
- Numa fase bem mais próxima de hoje
encontramos nomes como os de Afonso Arinos de Melo Franco (Rio de
Janeiro), Etelvino Lins de Albuquerque (Pernambuco), Daniel Krieger (Rio Grande
do Sul), Getúlio Vargas (Rio Grande do Sul), Juscelino Kubitschek (Goiás),
Otávio Mangabeira (Bahia) e outros tão ilustres como os citados. Mais
recentemente, no entanto, temos que lamentar que o gabarito é muito diferente
do daqueles tempos. Agora, nós temos Aloízio Mercadante (São Paulo), Blairo
Maggi (Mato Grosso), Eduardo Matarazzo (São Paulo), Fernando Collor (Alagoas),
Ideli Salvatti (Santa Catarina), Jáder Barbalho (Pará), além de outros nomes do
mesmo gabarito ou pior, todos há vários anos sob o comando de José Sarney
(Amapá), que se prepara para 'largar o osso' e passar o comando do Senado
Federal para nada menos que Renan Calheiros (Alagoas);
- É isso mesmo. Renan Calheiros está com sua eleição
para a presidência do Senado já certa. A votação será mera formalidade. Teremos
de volta o protagonista do 'Renangate', episódio que levou o senador alagoano a
renunciar ao cargo de presidente daquela Casa depois de ser flagrado em 2007
por ter contas pessoais pagas por empreiteiros de obras públicas e para uma
mulher que não era a sua. Com a volta de Renan fica comprovado que o Senado
debocha dos eleitores, pois lá continuará reinando o atraso, o fisiologismo. É
Renan Calheiros quem vai comandar a pauta de decisões importantes para os
brasileiros a serem definidas pelo Senado. Com ele, há grande chances de novos
'malfeitos' surgirem nos próximo anos;
- Espera-se, no entanto, que os eleitores fiquem mais
atentos e exigentes, escolhendo melhor em 2014 seus representantes e, antes
disso, cobrando dos atuais um comportamento mais digno, mesmo que dirigidos por
Renan Calheiros. Não custa nada lembrar-lhe e aos demais senadores que depois
do julgamento do 'Mensalão do PT' está provado que político autor de 'malfeitos'
e que praticaram crimes contra a coisa pública estão sendo condenados a prisão.
Que Renan e seus comandados fiquem atentos, porque o eleitorado hoje está
mudando seus critérios de escolha. Estamos todos de olho neles.
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Estamos todos de olho neles.Esta deverá ser a frase que Calheiros e seus comandados deverão lembrar sempre...Nosso país não será o mesmo depois de tanta enganação, esconde-esconde...hoje descobertas, esclarecidas e julgadas.
ResponderExcluirNão podemos deixar de fora Demostenes Torres, José Arruda, Álvaro Dias e companhia...
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