Vereadores sem receber subsídios é uma ideia a ser considerada
- O ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro Marcelo Itagiba está
fazendo uma campanha diferente da dos candidatos às eleições municipais
deste ano. Ele quer acabar com a remuneração para vereadores. Trata-se de
uma uma ideia corajosa, visto que ela desagrada a uma quantidade
enorme de cabos eleitorais, principalmente se Itagiba deseja voltar à
carreira política, pois daqui a dois anos os candidatos em especial a
deputado federal e deputado estadual buscam apoio de vereadores e de
suplentes que tenham sido bem votados dois anos antes. Atualmente, os
subsídios dos vereadores têm por base a remuneração dos deputados
estaduais da respectiva Unidade Federal, que recebem subsídios
equivalentes a 75% dos subsídios dos deputados federais e senadores,
equivalentes ao vencimento mensal dos ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF), que é de R$ 26.723,13, já havendo projeto de lei tramitando
no Congresso Nacional aumentando este valor para. R$ 32.147,90;
- O subsídio dos vereadores corresponde a um percentual que varia
entre 20% a 75% do subsídio do deputado estadual daquele estado. Com base
na população do município é que se saberá qual percentual será determinado
representado para estabelecer os subsídios dos vereadores, sendo que
quanto maior for a população, maior será o percentual sobre os subsídios
dos deputados de cada Estado. Em um município com menos de 10 mil
habitantes, os vereadores não podem receber mais do que 25% do valor do
que um deputado estadual recebe. Já em um município com mais de 500 mil
habitantes, esse percentual sobe para 75%. Mas existem outros
limites legais impedindo que o orçamento do município seja seriamente
comprometido com o pagamento dos subsídios dos vereadores, porque
Constituição Federal estabelece limites máximos para o percentual de
despesas do Legislativo em relação ao total de receitas do município no
ano anterior. Esse limite de 7% para 3,5%;
- Nos anos 1960, o regime militar estabeleceu o exercício gratuito do
mandato de vereador, conforme determinavam os atos institucionais nºs.
2/65 e 7/69, a partir de um determinado número de habitantes. A
concorrência em busca de vagas nas câmaras municipais era idêntica a de
hoje, quando muitas câmaras pagam subsídios sempre nos limites máximos
legalmente permitidos, além de alguns 'macetes' que são aplicados em
diversas câmaras municipais. Na verdade, talvez a ideia de Marcelo Itagiba
não seja de todo para ser desprezada. Pelo que de pouco a maioria produz
talvez em muitos municípios os vereadores tivessem que pagar alguma coisa
para ostentar o título. A função deles é legislar e fiscalizar a atividade
do prefeito de sua cidade, mas grande maioria não faz nada disso e custam
muito aos cofres públicos. Se Itagiba conseguir espalhar sua ideia pelo
País, certamente vai ganhar muitos adeptos a ela.
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