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16 de março de 2016

'Consummatum est'. Dilma entrega o Governo a Lula

"Não permitiremos que a corrupção, a sonegação e o desperdício continuem privando a população de recursos que são seus e que tanto poderiam ajudar na sua dura luta pela sobrevivência. Ser honesto é mais do que apenas não roubar ou não deixar roubar. É também aplicar com eficiência e transparência, sem desperdícios, os recursos públicos focados em resultados sociais concretos". Estas belas palavras foram ditas por Lula ao ser empossado como presidente da República no dia 1º de janeiro de 2003. Às vésperas da Semana Santa estamos assistindo não apenas o sofrimento de uma pessoa. O ex-presidente vai para o "sacrifício" de ajudar a presidente Dilma a recuperar o Governo, e ela se "sacrifica" ao passar a ser uma figura decorativa zanzando de um lado para o outro no Palácio do Planalto ao ver Lula no comando do país;

Nem nas ditaduras mais rígidas que são conhecidas o mandatário entregou seu cargo de comando para alguém que esteja sendo investigado e denunciado por vários crimes cometidos contra a administração pública. Por incrível que possa ser, a delação premiada do ainda senador Delcídio Amaral tonteou a presidente Dilma, porque as acusações a ela e Lula precisavam deixar de ser investigadas pela Operação Lava-Jato sob o comando do juiz Sérgio Moro. Então, a solução foi arranjar às pressas um cargo de ministro para o ex-presidente, para que ele usufrua do foro privilegiado, passando os processos para a esfera do Supremo Tribunal Federal (STF),livrando Lula das garras do juiz Moro;

Alguém tem lembrança de que a presidente Dilma depois um protesto prometeu diminuir o número de ministérios para 20 pastas, além de extinguir milhares de cargos em comissão? Nada disso aconteceu, havendo somente uma irrisória redução de alguns salários. Agora, para arranjar um lugar para Lula, Dilma criou mais um ministério - agora são 31 pastas - para acomodar um ministro que "voluntariamente" havia perdido o cargo. No final das contas, o Governo acaba de dar um autêntico "tiro no pé", demonstrando ter medo de dizer a verdade, ou seja, que as acusações são verdadeiras, oferecendo argumentos para a oposição criticá-lo a todo momento. Mas, o pior é a resposta que estão dando às mais de 3 milhões de pessoas que foram às ruas domingo passado pedindo acima de tudo o fim da corrupção instalada no âmbito do Governo. A nomeação de Lula poderá servir como um convite para que o povo saia às ruas outra vez e em número muito maior.

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