Acordo encerra CPI do Cachoeira sem investigar políticos
- Com o título acima, o site
da 'Folha de São Paulo' nos brinda com a notícia de que o PT e o PMDB fizeram
um acordo para encerrar a CPMI do Cachoeira sem levar adiante as investigações
que poderiam esclarecer o envolvimento de políticos no esquema do 'empresário
da corrupção' Carlinhos Cachoeira, principalmente os governadores Agnelo Queiroz
(PT), de Brasília, e Marconi Perillo (DEM), de Goiás (Leia
aqui). Como se sabe, os dois partidos formam maioria na comissão
e temem ser atingidos pela continuidade das apurações da CPI. Quanto ao PMDB, o
medo está em ser obrigado a convocar o governador peemedebista do Rio de
Janeiro, Sérgio Cabral, para explicar sua ligações com a empresa Delta,
fortemente vinculada aos negócios sombrios de Carlinhos Cachoeira, em especial
aquele episódio da 'turma dos guardanapos', em Paris;
- Segundo a reportagem da 'Folha', o relator da CPI,
deputado Odair Cunha (PT-MG), já avisou ao partido que apresentará seu
relatório final em duas semanas, como estipulado pelo calendário da comissão,
mesmo que haja pedidos de prorrogação das apurações. O relatório não trará
novidades ao que já foi investigado pela Polícia Federal nas operações Monte
Carlo e Vegas, que focaram os negócios de Cachoeira, e não nos beneficiários de
seus recursos, os quais a CPI se propôs inicialmente a identificar. O esquema,
segundo a apuração dos parlamentares da comissão, movimentou cerca de R$ 36
bilhões;
- A decisão de Cunha cindiu o PT. "Se o
relatório for apresentado a tempo não há porque prorrogar", defende o
deputado Paulo Teixeira (PT-SP). "Eu sou totalmente contra encerrar a CPI
agora sem concluir as investigações", discorda o deputado Cândido
Vaccarezza (PT-SP). A ala petista favorável à prorrogação da comissão quer
esticar a sangria política do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB),
suspeito de beneficiar Cachoeira, e avançar na investigação das ligações de
jornalistas com o empresário. A 'Folha' informa que o relator age totalmente
afinado com o Palácio do Planalto, que prefere encerrar os trabalhos sem expor
o Governo a riscos, que ficou preocupado com o depoimento de Luiz Antonio
Pagot, ex-diretor do DNIT, que disse ter sido antiético um pedido feito a ele
para obter doação para a campanha de Dilma, em 2010;
- O indiciamento de Perillo era dado como certo antes
do recesso eleitoral, mas ontem já não era ponto pacífico. Para livrar o
governador, o PSDB também entra no acordo e aceita deixar de pressionar pela
prorrogação dos trabalhos. O acordo entre petistas e peemedebistas deve ser o
último de uma série de acertos que, ao longo dos trabalhos da comissão,
buscaram blindar políticos e empresários que poderiam deixar em má situação
membros do primeiro escalão do Governo Federal. Para continuar os trabalhos,
são necessárias 171 assinaturas de deputados e 27, de senadores. Se o relatório
final não for aprovado em duas semanas, os trabalhos serão encerrados sem
conclusão. Os trabalhos serão retomados hoje, após um mês de paralisação por
causa das eleições, com o depoimento do deputado federal Carlos Alberto Leréia
(PSDB-GO), suspeito de ter recebido favores de Cachoeira. Mais uma comissão que
vai terminar numa enorme pizza.
É hora do Serra levar esse assunto para as propagandas e campanhas eleitorais. Agora é tudo ou nada.
ResponderExcluirE tudo acabou em "pizza" novamente e vão comemorar saboreando uma bela pizza!!!
ResponderExcluir.
É o Brasil da gentalha petralha terrorista...por enquanto.
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Só digo uma coisa; me da vergonha de ser brasileiro nesse momento. Como pode o povo eleger uma quadrilha tão grande como essa?
ResponderExcluirvai ter pizza??
ResponderExcluirpede uns refris de soda... cáustica pra acompanhar!!