Finalmente, José Serra declarou-se candidato a presidente da República, ou melhor, ele afirmou que em abril vai sair em campanha à sucessão de Lula. Isso quer dizer que ele vai para a "pista" para concorrer com Dilma Rousseff, que não mais teria seu chefe carregando-a no colo pelos palanques oficiais armados para ela com inaugurações, visitas a obras, lançamentos de pedras fundamentais, além de reinaugurações e outros eventos destinados a mostrar a candidata do presidente ao Brasil. Com esse tipo de expediente, Dilma atingiu 30% de intenções de votos de acordo com a última pesquisa do Ibope;
Graças a sua vinculação à pessoa mais popular do Brasil, Dilma Rousseff é dos candidatos o que no momento disputa com José Serra a preferência do eleitorado. É de se notar que mesmo em estar abertamente em campanha e com a candidata de Lula subindo 13% entre uma pesquisa e outra, José Serra nunca saiu do primeiro lugar. Por isso, a partir da campanha eleitoral propriamente dita é que vai ser possível avaliar-se o potencial da candidata do Governo, pois ela vai enfrentar três candidatos acostumados a campanhas eleitorais, experiência nunca antes vivida por Dilma;
Nos meses de abril e maio, todos serão pré-candidatos, mas a partir de junho, Serra, Dilma, Marina e Ciro, além de alguns outros candidatos "nanicos" estarão de modo efetivo em campanha, e no caso de Dilma, sem a presença a concorrência direta da presença de Lula com suas inaugurações. Quando chegar a fase dos debates, principalmente os realizados na televisão, acontecerá a maior teste para estreantes como Dilma. A experiência dos três principais adversários da candidata de Lula poderá fazer um novo panorama nas pesquisas feitas em seguida;
Quanto ao "plebiscito" pretendido por Lula para através de sua candidata comparar seu governo com o de Fernando Henrique Cardoso, José Serra já começou a desmontá-lo num recado muito claro. Ele não vai concorrer contra Lula, não pensando no passado, mas tentando passar para o eleitorado quem deve ter mais condições de cuidar do futuro do Brasil, que é o que deve interessar aos brasileiros, ou seja, qual dos candidatos terá mais condições para cuidar do Brasil, dando continuidade ao que esteja sendo positivo e criando novas alternativas para se alcançar melhores condições de vida;
Vamos, pois, aguardar a largada da corrida, quando cada piloto (candidato) estará segurando o volante de sua própria campanha, sem a existência de ventríloquos carregando bonecos e falando em nome deles. Vai ganhar a corrida quem convencer o eleitorado de que tem melhores qualidades para cuidar do Brasil e dos brasileiros nos próximos quatro anos.
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