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19 de fevereiro de 2014

Se fosse atendido o padrão Fifa, o Brasil faria uma economia de R$ 3 bilhões

A presidente Dilma garante que o Brasil será um país seguro na Copa do Mundo. Para isso o Governo investiu R$ 1 bilhão e 900 mil em ações de segurança e defesa durante a competição. No entanto, tudo isso serve para demonstrar a preocupação do Palácio do Planalto com a ameaça da realização de protestos em especial nas 12 cidades que sediarão a Copa, a exemplo do que aconteceu em junho do ano passado durante a Copa das Confederações. Paralelamente está em andamento o projeto de uma espécie de uma nova Lei de Segurança Nacional cujo projeto estabelece punições para atos violentos praticados em manifestações, definindo em um de seus artigos que não seria proibido o uso de máscaras durante as mesmas, como fazem os Black Blocs, mas que quem praticar vandalismo mascarado teria sua pena agravada. Muita gente já se pronunciou pedindo trégua nas manifestações, mas isso é impossível. As manifestações já estão programadas para as 12 sedes, e, como aconteceu em junho passado, poderão se espalhar por centenas de outras cidades porque os motivos daquelas saídas do povo às ruas ainda permanecem;

Notícia  divulgada hoje reforça a vontade de ir às ruas ─ muita gente não tem se manifestado exatamente por receio das cenas de vandalismo do Black Blocs ─ e é exatamente a própria Copa do Mundo que dá motivo para manifestações já agora. Quando o Brasil foi confirmado em 2007 como sede da competição, com o ex-presidente Lula garantindo que ela nada custaria aos cofres públicos, pois os custos ficariam por conta da iniciativa privada, a Fifa estabeleceu que seriam necessárias de oito a 10 sedes para que a Copa tivesse êxito e praticidade. Só que o Governo (leia-se Lula) decidiu que teríamos 12 sedes para atender conveniências políticas, incluindo as arenas Dunas, em Natal; Pantanal, em Cuiabá: Amazonas, em Manaus; e Mané Garrincha, em Brasília. O custo total dos 12 estádios é de R$ 8 bilhões e 583 milhões. Se fossem construídos os dez que a Fifa achava suficientes, o custo cairia para R$ 7 bilhões e 344 milhões. E se o número fosse o mínimo de oito, seriam gastos R$ 5 bilhões e 361 milhões, gerando uma economia de R$ 3 bilhões e 222 milhões;

Além de estarem sendo construídos verdadeiros 'elefantes brancos', pois estão sendo construídos em cidades que não têm clubes que numa final de campeonato estadual consigam preencher sequer um terço dos lugares, existe o agravante do volume de dinheiro público disponibilizado através de financiamentos feitos pelo BNDES e que serão (se forem) devolvidos será ao longo de dezenas de anos. Onde está a inciativa privada de que Lula falava em 2007? Não há, então, como evitar as manifestações antes, durante e depois da Copa do Mundo, quando a população vê o estado dos hospitais públicos, os problemas da Educação, a falta de Segurança Pública com cortes constantes de verbas, além dos estranhos e secretos investimentos bilionários em Cuba e outros países, dinheiro que certamente seria melhor investido nas nossas carências. O que se vê é um grande número de obras iniciadas e não concluídas e outras que sequer saíram do papel, embora anunciadas em grande eventos que se transforma em palanques eleitorais;

Está sendo divulgada uma estranha pesquisa apontando uma possível vitória da presidente Dilma até no primeiro turno, mas apontando também queda no índice de aprovação de seu governo, bem como atribuindo a ela o maior índice de rejeição entre todos os prováveis candidatos a presidente da República. O certo é que teremos muito assunto para campanha eleitoral, quando certamente os eleitores vão tomar conhecimento de todos esses fatos e estarão antenados nas revindicações do povo nas ruas. Nada está definido é até 5 de outubro muita água passará por baixo da ponte. Quem viver (e prestar bastante atenção), certamente verá muita coisa interessante. 

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