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7 de fevereiro de 2014

Médica cubana pode criar problemas para Dilma explicar ao povo

Desde que o Governo, no desejo de dar satisfação às manifestações de rua em junho do ano passado, anunciou o programa 'Mais Médicos' muitas críticas apareceram quando foi dito que seriam contratados 6 mil médicos cubanos. A pergunta era por que médicos de Cuba e não de outros países ou, então, qual a razão de não se oferecer incentivos para que médicos brasileiros se sentissem estimulados a migrar para o interior do Brasil, onde era bastante grande a carência desses profissionais da Saúde. Posteriormente, após protestos das entidades brasileiras que reúne médicos, o Ministério da Saúde tirou do caminho dos cubanos qualquer dificuldade para o exercício da função, incluindo-se aí até a obrigatoriedade do registro expedido pelos conselhos de Medicina;

O recente episódio envolvendo a médica cubana Ramona Rodriguez está causando um tremendo rebuliço no Governo. Ela abandonou a cidade de Pacajá, no Pará, e ainda pediu asilo político alegando ter sido enganada pelo Governo de Cuba, argumentando que está recebendo salário muito abaixo do que devia. E ela tem razão. Os demais médicos estrangeiros que participam do programa recebem salário de cerca de R$ 10 mil, enquanto ela recebe todo mês R$ 400,00, sendo que R$ 600,00 ficam depositados numa espécie de poupança à qual ela terá acesso após os três anos de contrato. Isso totalizam R$ 1.000,00, equivalendo a 10% do que o Governo de Dilma Rousseff paga para cada médico cubano que participa do 'Mais Médicos'. Além de infringir a legislação trabalhista brasileira, indaga-se sobre o que acontece com essa diferença de R$ 9 mil. Para muitos, esses 90% dos médicos ficam como ajuda ao regime castrista. Com a previsão de serem contratados mais de 7 mil médicos cubanos, aquela país receberia mais de R$ 700 milhões por anos, totalizando mais de R$ 1 bilhão e 400 milhões no final dos contratos;

Ramona Rodriguez poderá ser uma 'pedra na chuteira' de Dilma na busca da reeleição. A inauguração de um moderno porto em Cuba financiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cuja devolução sabe-se lá quando acontecerá. Para piorar, Dilma ainda prometeu mais alguns milhões de reais para obras de infraestrutura no entorno do moderno porto cubano. Some-se a isso um financiamento para uma moderna universidade num país africano, perdões de dívidas de países governados por ditadores e outros gastos não muito republicanos, como costumam dizer os petistas. Não é necessário falar-se da 'parada técnica' em Portugal e dos gastos ali verificados, com a declaração de Dilma de que quem janta em restaurante de luxo paga a conta do próprio bolso, como ela faz. O dinheiro da comitiva pode sair do bolso, mas o que ali entrou foi proveniente de diárias pagas com dinheiro público, incluindo-se aí também o dela;

Mesmo montando um esquema de segurança rigoroso, ninguém afasta a hipótese de manifestações nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo. Elas vão acontecer, queiram ou não o Governo. O nível de civilidade ou de violência, só saberemos na ocasião. E as manifestações já estão sendo antecipadas. As redes sociais estão sendo utilizadas para protestar contra esses atos do Governo, contra o custo de vida, contra os serviços públicos (notadamente os transportes), contra o atendimento nos postos de saúde e hospitais públicos. E depois da Copa, pouco tempos após, acontecem as eleições. Há pesquisas que admitem vitória de Dilma Rousseff, algumas até no primeiro turno, mas os institutos andam um tanto desmoralizados e há quem admita em manipulação delas. Para criar mais obstáculos para a presidente, os principais candidatos de oposição, Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) parecem estar com discursos afinados nos ataques ao Governo, e na hipótese de um segundo turno, um apoiará o outro contra ela. Em vista disso, fortes emoções são esperadas nos próximos meses:

E se o Brasil não ganhar a Copa?

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