-

8 de setembro de 2012

Nos EUA, convenção partidária é também uma grande festa cívica

Nos EUA a festa não é só do partido, mas também é da nação
  • Um amplo noticiário nos últimos dias abordou as convenções dos dois maiores partidos norte americanos destinadas a confirmar suas candidaturas a presidente da República daquele país. Os democratas escolheram  Barack Obama, que tenta a reeleição, enquanto os republicanos vão de Mitt Romney tentando ocupar a cadeira do Salão Oval da Casa Branca, em janeiro do ano que vem. As convenções dos dois maiores partidos da terra do Tio Sam foram verdadeiras festas, com forte participação dos simpatizantes dos dois. Como o voto nos Estados Unidos não é obrigatório, quem quer votar participa ativamento dos eventos de seus respectivos partido. A sucessão presidencial começa nas convenções locais, que escolhem os delegados que vão no final decidir quem será o candidato do partido, que depois da escolha passa a receber apoio do todos os seus filiados;
  • O processo eleitoral para os americanos é considerado como verdadeiro ato cívico. As convenções são autênticas festas. Nelas, há uma grande diferença das convenções dos partidos brasileiros, Nestas, há uma forte conotação quase que clubística, prevalecendo as cores dos partidos, muitos deles seguindo orientação de organizações estrangeiras. Entre os de esquerda, nota-se a quase constante presença da cor vermelha, fruto da origem comunista de muitos deles, do tempo da extinta União Soviética. Já os da direita, a variedade de cores é que prevalece. Nas convenções dos democratas e republicanos nos Estados Unidos, além de cartazes com o nome dos candidatos, notava-se uma enorme quantidade de bandeiras do país nas mão dos participantes. Para eles, a eleição do futuro presidente é colocar seu país sob a direção daquele que jugam ser o melhor para o povo;
  • Esta é uma lição que os norte americanos nos ensinam. Imagine-se como deve acontecer por lá com a escolha de prefeitos e representantes nas câmaras municipais. Certamente que é totalmente diferente das daqui. Lá impera a ideia de que o cidadão não mora no país ou num estado, ele vive na sua cidade e ela que deve ser melhor cuidada. Por isso, a escolha dos seus representantes e feita com bastante critério. Ninguém comparece a uma seção eleitoral para votar em qualquer um. Se o eleitor não é obrigado a votar, por qual razão iria votar em quem não terá capacidade para exercer seu mandato a contento? Muito menos precisa por lá que o Tribunal Eleitoral aconselhe o eleitor a 'votar limpo', até porque existindo uma Lei da Ficha Limpa, se a Justiça Eleitoral agisse como manda aquela lei, o eleitor não votaria 'sujo';
  • Espera-se pois, que tanto a Justiça Eleitoral aplique a Lei da Ficha Limpa em toda a sua plenitude , bem como que o eleitor leve a sério o direito obrigatório que tem de votar e assim escolha o que realmente possa ser o melhor para sua cidade. E não espere a Copa do Mundo, em 2014, para alçar a Bandeira Brasileira, fazendo com que o dia 7 de outubro seja uma verdadeira festa e que nos próximos quatros cada cidade seja melhor administrada, o que somente será proveitoso para cada cidadão e seus cidadãos.

Um comentário:

  1. Transcrevo a seguir comentário da jornalista Jazilda Campos, de Recife,PE:

    Para crescer nas escolhas de candidatos, precisamos pensar seriamente em como melhorar a educação. E pensar rápido, pois já estamos atrasados.
    Enquanto formos um povo sem educação (de escola, digo), vamos ficar à mercê de promessas tipo "vote em mim que eu dou um tablet pro seu filho adolescente".
    Concordo que, nestes tempos, todos precisamos de computadores, mas de que servem se a educação fica no ZERO?
    Com educação, pode-se pensar cada vez mais autonomamente, fica-se cada vez mais capaz de refletir, conhecer a realidade e decidir por seu destino social.
    Quermos educação de verdade.

    ResponderExcluir

Não saia do Blog sem deixar seu comentário