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25 de setembro de 2012

"Lula, por que não te calas?"

  • A postagem anterior deste blog está causando espanto ao seu autor em face do número de acessos à mesma. Em dois dias, os acessos já ultrapassam de 500 leituras. Isso nunca aconteceu antes na história deste modesto 'Ponto & Vírgula'. Parece que o assunto chamou bastante atenção, pois é realmente espantosa a atitude do ex-presidente Lula incitando os militantes à pratica de vandalismo danificando material de propagando dos adversários de seu candidato a prefeito de São Bernardo do Campo (SP). Pode não haver ligação nenhuma com o violento discurso de Lula contra o candidato a prefeito de Manaus, Artur Virgílio, seu inimigo político, mas o assassinato de um coordenador de campanha de Vigílio poucos dias depois é, sim, motivo para preocupação. Temos que reconhecer que o ex-presidente é um líder político que tem fanáticos seguidores;
  • Numa postagem de hoje em seu blog, com o título 'Adeus, Lula', o historiador Marco Antonio Villa discorre sobre o papel que deveria exerce um ex-presidente da República, algo que Lula sempre abordava quando Fernando Henrique Cardoso dava algum 'pitaco' no governo dele. Villa escreveu: "Exercer tão alto cargo é o ápice da carreira de qualquer brasileiro. Continuar na arena política diminui a sua importância histórica — mesmo sabendo que alguns têm estatura bem diminuta, como José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney, ou Fernando Collor. No caso de Lula, o que chama a atenção é que ele não deseja simplesmente estar participando da política, o que já seria ruim. Não. Ele quer ser o dirigente máximo, uma espécie de guia genial dos povos do século XXI. É um misto de Moisés e Stalin, sem que tenhamos nenhum Mar Vermelho para atravessar e muito menos vivamos sob um regime totalitário";
  • No site do Jornal 'Estado de São Paulo' está hoje publicado um editorial com o título 'Fracasso Articulado', que incia afirmando: "Vai se desfazendo rapidamente a imagem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva construiu de si mesmo no poder, e que parecia indestrutível. As dificuldades eleitorais que os candidatos por ele impostos ao seu partido enfrentam em várias capitais são uma demonstração de que, menos de dois anos depois de deixar o poder com índice inédito de popularidade, pouca valia tem seu apoio. A isso se soma a substituição gradual, por sua sucessora Dilma Rousseff - também produto de sua escolha pessoal -, de práticas e políticas que marcaram seu governo. Concretamente, o fracasso da gestão Lula está explícito no abandono, paralisia, atraso e dificuldades de execução de seus principais planos, anunciados como a marca de seu governo. Eles vão, de fato, moldando a marca de seu governo - a do fracasso";
  • Parece que é hora de alguém dar um conselho a Lula, se é que ele ouve quem quer que seja, para que ele entenda que sua vitória pessoal de eleger Dilma Rousseff como sua sucessora é um fato histórico na política brasileira, mas que a sua vez já passou. Os comícios de que participa não atraem multidões, como em outros tempos. Ele já cansou o povo. Fidel Castro tinha fama de fazer discursos de até quase dez horas de duração. Nos oito anos de seus mandatos, Lula fazia vários discursos diariamente, numa versão fatiada de Fidel. Era exposição demais. Ele precisa entender que no Brasil não existe parlamentarismo e muito menos um regime de dois presidentes. Cabe hoje a famosa frase do rei da Espanha, mas dita pelo maioria do povo: "Lula, por que não te calas?"

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